2004/11/30

A Perfídia do Procurador!

A última aparição pública, do Procurador, causou-me tais engulhos, que não podia deixar de comentar. Quando será que alguém, neste país, percebe que, enquanto uma instituição fundamental da justiça, como é a Procuradoria, estiver entregue a gente assim, não conseguiremos ser uma sociedade evoluída? Que raio de critério abjecto, permite manter tal pessoa num cargo tão sensível? Este é um dos “nossos fenómenos” cuja explicação lógica é demasiado tenebrosa!
Isto tudo vem a propósito de o Procurador, na sua mais recente aparição pública, que eu vi, ter manifestado oposição a que “se instale excesso de garantismo, sobretudo na sequência de processos judiciais recentes”. Referia-se, como é óbvio, ao processo da Casa Pia, porque os outros cidadãos molestados pela justiça são lixo, para o sr. Procurador.
Mas atenhamo-nos à questão que motiva este artigo: o excesso de garantismo; e vejamos como se concretiza, no dia-a-dia.
O sr. Procurador está preocupado com o excesso de garantismo, por reacção ao facto de terem sido violados, sistematicamente, os mais elementares direitos dos arguidos, no Processo Casa Pia, sobretudo os daqueles cuja culpa está longe de poder ser provada de forma evidente. Mas não está preocupado por, há bem pouco tempo, ter sido preso um grande traficante de droga, em Espanha, para logo a seguir ter sido libertado, devido a “garantias” que não foram asseguradas aos arguidos do Processo Casa Pia. E não creio que se tenha levantado, na sociedade, uma onda de indignação e de contestação, devido à fragilidade e sofisma da respectiva prova, como aconteceu no processo Casa Pia, em relação à maior parte dos arguidos, do segundo processo. Portanto, o sr. Procurador está preocupado com o excesso de garantismo, mas em relação à defesa dos cidadãos, em relação aos arbítrios e prepotências das instâncias judiciais; porque no que se refere a estes “bónus” dados a altos criminosos, cujas motivações, essas sim, deviam preocupá-lo, já não está preocupado!
Não há muito tempo que o mesmo aconteceu, no norte, relativamente a um grupo de criminosos, que foram presos e logo libertados, devido às tais garantias que não se aplicam quando as pessoas estão inocentes, como é o caso dos familiares da Joana; como é o caso do Dr. L.J.N.S., preso nº 4 da prisão da Carregueira; como é o caso de António Ferreira de Jesus; como são muitos outros casos reais, que qualquer cidadão deste país conhece, directamente.
A propósito dos familiares da Joana, queria abrir aqui um parêntesis para dizer que, há dias, em conversa telefónica com uma pessoa que mora no Alentejo, me foi dito que a polícia partiu 2 costelas ao padrasto, num interrogatório. E no entanto, até eu, de tão longe, já percebi que aqueles familiares estão inocentes. A isto eu chamo, ausência total de gantismo, sobretudo porque todas as evidências clamam que se trata de pessoas inocentes.
Portanto, podemos concluir que, para o Procurador, excesso de garantismo sim, mas só se se tratar de grandes criminosos. Os inocentes, aqueles que levantam ondas de solidariedade e de indignação, é que não podem ter meios de defesa, segundo a vontade do Procurador. Devem ser tiques nazis, para pretender afrontar, assim, o sentido de dignidade da sociedade e impor a sua arbitrariedade.
Na Pág. 219, do Livro de Carlos Cruz, pode-se ler: “Um recluso completa, depois de amanhã, um ano de prisão preventiva. Vai ser ouvido, amanhã… pela primeira vez. Por causa dele e de outros, comentam-se, aqui, as declarações que vários magistrados têm feito, nos vários debates televisivos, sobre este assunto (ninguém pode ser preso, sem ser ouvido, nas 48 horas seguintes). Imaginem o que se tem dito.”
E, na pág. 221: “Ao contrário do que se diz, nem todos os reclusos reclamam inocência… um jovem, de 22 anos, que comprou um telemóvel, na rua, atraído pelo preço. Tinha vida estável… primodelinquente. O telemóvel tinha sido roubado. Foi condenado a prisão, efectiva, de dois anos”. E, na Pág. 289: “Um jovem, preto, primodelinquente, foi condenado a dois anos e meio de prisão efectiva, por roubar um telemóvel; um branco, com antecedentes criminais, ligados à droga, foi condenado a quatro anos de cadeia, por homicídio.”
Mas não se iluda, Sr. Carlos Cruz, não é uma questão de racismo, pelo menos no sentido comum; é mais uma descriminação, positiva, dos criminosos; porque o Dr. L.J.N.S. é branco, médico, com vida estável, e foi condenado a dez anos de cadeia, por tentativa de homicídio, não provada. A mulher não apresentava marcas de agressão, não tinha testemunhas, mas conhecia (e tinha negócios clandestinos com) uma delegada do Ministério Público. Foi quanto bastou. O Juiz nem se dignou ouvir as testemunhas de defesa. E lá está preso, há mais de sete anos, sem ver o fim do suplício, sem que alguém tenha um mínimo de decência e analise a situação como deve; e é direito dele, porque está inocente!
Portanto, ficamos esclarecidos quanto aos “excessos de garantismo” que o Procurador acha bem (o dos criminosos) e os que acha mal: o dos inocentes, dos cidadãos dignos!
Já que estamos “com a mão na massa”, quero relatar, aqui um pequeno facto que, todavia, pode ter grande importância para se perceber “o valor” dos diferentes interesses que se estabelecem, numa situação como esta última. Conta a irmã do Dr. L.J.N.S. que, quando ele foi acusado e preso, a casa dele foi revistada, não encontraram nada que o relacionasse com o crime, mas a polícia levou o que entendeu, de entre roupas e objectos caros. Estes objectos foram considerados apreendidos; ou seja foram apropriados pelos polícias. Até com o dinheiro do vencimento e subsídio de férias, que tinha acabado de receber, lhe queriam ficar. Mais tarde, já com ele preso, outros agentes tentaram extorquir subornos à irmã, não se sabe bem para quê. Ou seja, é a “justiça”, ao serviço de gente da pior espécie, onde cada um se aproveita o mais que pode. Depois, como é evidente, todos eles querem a condenação duma pessoa destas, para “legitimar” os seus próprios desmandos.
Mas isto não “incomoda” o Procurador, porque está de acordo com a sua própria actuação, com os motivos que o fazem “correr” atrás duma condenação (pelo menos pública), no processo Casa Pia. Vejamos, mais de perto, quais são esses motivos.
Na pág. 332, do Livro de Carlos Cruz, podemos ler (extracto duma carta anónima, proveniente da PJ): “Dois dos putos que estão na zona, chegaram a ter, como cliente, o cunhado do Procurador Geral da República e por isso, o chefe (Dias André) decidiu não arriscar e eles não vão ser arrolados como testemunhas”. E, mais adiante: “É que ele já tinha prometido ao PGR que não existiriam “danos colaterais”.
E pronto, assim ficamos todos esclerecidos acerca das reais motivações que preocupam o PGR, quanto a excessos de garantismo!
O que eu gostaria de saber é: em que grupo (se dos competentes, ou não) é que o Cavaco coloca os políticos que mantêm um indivíduo assim, naquele cargo. Enquanto tal, o país não sai da “fossa”. Não há competência que resista! O mais curioso é que os escândalos, aqui descritos, são antigos e têm recebido as “bênçãos” de todos os governos (do PS e do PSD). Ninguém, na política, tem a “competência” necessária e suficiente para recuperar a dignidade do país, nesta área tão importante? Não esqueçamos que o PGR foi escolhido, segundo as suas palavras, pelo P.S.
É também por causa disto tudo que continuamos a assistir ao espectáculo degradante dos bandos de ignorantes, orquestrados por caciques criminosos, a dizerem disparates à porta do Tribunal, nos dias das audiências deste processo (Casa Pia). Eu estive lá! Sei do que estou a falar! Verifiquei o nível e seriedade das “informações” que são “dadas” àquelas pessoas; e também que tipo de pessoas são. Mas, a pedido do PGR, tudo é natural e “legítimo”. Há que tentar, a todo o custo, manipular a decisão do tribunal. Se resultou com o juiz Rui Teixeira, e com os outros que lhe sucederam, porque é que não há-de resultar agora?

Finalmente caiu o Governo!

O Governo caiu! Soube-o, há pouco, ao regressar da rua! Sampaio, depois de ter feito o país perder 4 meses, com um "remendo", cujo destino se podia "adivinhar", desde o início, acordou! Devolver a decisão à população é bom! Já vem tarde, mas, sejamos realistas, não é isso que vai resolver os nossos problemas. Por isso a minha "luta", por uma política transparente, honesta e competente, não abrandou!

2004/11/29

O Cinismo de Cavaco!

É por estas e por outras que nunca mais consigo “pôr em dia” os assuntos que quero abordar. Esta gente não “intervala”!

Há dias era Mário Soares a falar, da nossa realidade, como se não tivesse qualquer responsabilidade no facto de termos chegado a este descalabro. Agora é o Cavaco. Pelo rumo que as coisas levam, quer-me parecer que outros se lhe seguirão, numa espécie de desfile de múmias, que nada trazem, de novo, para a resolução dos nossos problemas.
O que mais me impressionou no que ouvi desta última “aparição”, foi a “solução”, que todos os meios de comunicação social se apressaram a reproduzir. Mas comecemos, como convém, pelos “entretanto´s”.

Quando Cavaco estava no poder, eu disse, para quem quis ouvir, (ou seja, no círculo restrito das pessoas com quem contactava) que a forma como ele governava o País, nos iria conduzir, inevitavelmente, à situação que temos agora. Não fui só eu que disse isso, porque me lembro de alguns, raros, comentários com o mesmo conteúdo. Estava-se no período “áureo” do afluxo de verbas do “Fundo de Coesão”, verbas que foram malbaratadas, inclusive em coisas inúteis, mas que não foram aplicadas para promover, de facto, o progresso. Foram feitas estradas e vias de comunicação, que sustentaram o “crescimento” da economia; foram promovidos eventos pontuais; mas quanto a organização da economia e dos recursos do País, promoção de desenvolvimento, que nos permitisse dar passos seguros na via do progresso, zero! Como agora se pode constatar.
Será que esta gente não percebe que vias de comunicação são infra-estruturas, indispensáveis para o desenvolvimento, mas não são desenvolvimento?
Isto nem é uma “descoberta”, uma ideia bizarra, acabada de “inventar”. Ainda há umas semanas, um outro “blog” abordava a questão, exemplificando com o “queijo Limiano”, duma forma que me pareceu “esclarecida”. É que, analogamente, a melhoria das estradas que levam à fronteira, tanto favorece a saída de produtos, como a entrada de produtos. Se entram ou saem mais, é uma questão que tem que ver com o desenvolvimento específico. E o deles é maior que o nosso, não por culpa deles, mas por culpa da incompetência dos nossos políticos.

O mais interessante, a razão porque lhe chamo cinismo, é a conclusão que nos pretende impor: Os políticos competentes devem expulsar os incompetentes (como se não fosse tudo a mesma máfia); Tem de se aumentar os vencimentos dos políticos, para atrair os competentes. Esta última parte, cheirou-me a: “déjà vu”, com as desastrosas consequências que conhecemos.
Quero “BERRAR”, daqui, bem alto, mais uma vez, que os políticos ganham demais, que o país tem dois milhões de pessoas a viver abaixo do limiar de pobreza; que não são uns iluminados, apelidados de “competentes”, que podem resolver os nossos problemas; que isso exige o envolvimento e mobilização da maioria da população; que esses aumentos não só não resolvem os nossos problemas, como são mais um entrave à sua resolução, porque impedem o envolvimento e a mobilização da maioria da população. Além disso, quem terá sido que disse, a este espécime, que “disponibilizar mais alimento, afasta as vespas”?
Mas o que se podia esperar de Cavaco? Vejamos como se concretiza o seu critério de “políticos competentes”.
Quando ouvi esta “conversa” (do Cavaco), não pude deixar de me lembrar deste padeço de texto que escrevi, nos meus, já conhecidos, “apontamentos para memória futura”, no dia 1993-03-30, a propósito duma entrevista de João Salgueiro. É só para ilustrar os critérios de “competência” de Cavaco, e o que penso (sempre pensei) deles.
Transcrição:
“Achei elucidativo que atribua a maioria das asneiras do governo a "azares"; e, quando o repórter lhe pergunta se não serão erros de política responde, tão-somente, que não é possível prever, porque umas vezes fazem-se as coisas e saem bem; e outras vezes saem mal.
Ou seja: esta gente faz as coisas, não a partir de objectivos e do conhecimento concreto das situações; seguindo a melhor via de resolução dos problemas, mas jogando com as decisões, como se se tratasse de jogo de fortuna e azar. Que grande azar o nosso, eles serem tão incompetentes! E é isto uma figura grada do partido do governo!”
Pois, nessa altura, o Primeiro Ministro era, exactamente, Cavaco. É que eu quero desmentir a “bojarda”, tão utilizada por essa gente, de que “o povo tem memória curta”.
Mas há mais! Ele não define, nem os outros que lhe secundaram as palavras, quem são, ou como se reconhecem, os políticos competentes (serão os que ganham muito? Mentira!). A esse propósito, lembro-me de, na mesma altura, quando comentava, com um colega meu, o facto de conhecer pessoas, com grande fama de muito competentes, mas que, afinal, se revelavam uns autênticos “calhaus com olhos”, ele me ter dito: “essa é a forma como a maçonaria promove, e coloca em lugares relevantes, os seus membros. Eu sei porque já me convidaram e conheço pessoas envolvidas!”
Será que estamos, apenas, a assistir a uma campanha prévia, de “condicionamento da opinião pública”, para manter, a todo o custo, o poder da maçonaria, apesar do descalabro que tem resultado desse facto?
Pois eu reafirmo que não é possível dar passos seguros no desenvolvimento, sem que se criem mecanismo de responsabilização dos políticos e demais organizações! Que esse controle tem de ser exercido, directamente, pela população, uma vez que as instituições estão minadas de gente que não presta e não cumprem esta sua obrigação! E que, uma forma de implementar esses mecanismos é valorar a abstenção e fazê-la reflectir, em lugares vazios, no parlamento e na duração dos mandatos!
E agora!? Não acham que eu tenho o direito de exigir, para esta minha opinião, o mesmo destaque que foi dado às cretinices do Cavaco? Tanto mais que, a partir daqui, até pode ser que encontremos o caminho para a resolução dos nossos problemas.

2004/11/26

Honestidade / Fuga ao Fisco!

Honestidade / Fuga ao fisco!
É um tema que tenho para abordar, há muito tempo (como vários outros). Mas, também aqui, tenho a sensação de que não vou dizer algo de novo. Apenas pôr “alguns pontos nos is”; arrumar, algumas ideias, como convém, à correcta e eficiente resolução de qualquer problema!
Pois! O que pretendo abordar é, exactamente, a relação entre a honestidade e a fuga ao fisco e, quanto à desonestidade, estabelecer as correctas responsabilidades das diferentes “desonestidades”.
O governo e as instituições que têm a seu cargo cobrar os impostos, reconhecem, com frequência, que não têm capacidade, nem podem ter, de resolver este problema (o da fuga ao fisco), sem a colaboração dos cidadãos. Neste tipo de “conversa fiada” até é dito, algumas vezes que a situação se deve à falta de honestidade das pessoas; que não há nada a fazer, porque não se pode pôr um fiscal ao lado de cada cidadão.
O que pretendo demonstrar aqui é o absurdo e a má fé de tal argumento. Não tenho dúvidas de que uma “cultura de honestidade” é extremamente importante para resolver este e outros problemas da nossa sociedade. Mas como é que a “honestidade” dos cidadãos pode prevalecer e “vingar”, no meio duma “cultura de desonestidade, de mentira, de compadrio, de acobertamento de incompetência e corrupção”? Como a que é praticada pelos governantes, políticos, deputados e demais responsáveis da nossa sociedade? Seria um absurdo, tal situação, não acham? Seria uma autêntica inversão da lógica das coisas! Os exemplos vêm de cima, que é onde tudo se fomenta e promove, mais eficientemente!
Quando disse, acima, que não iria dizer algo de novo, estava a pensar nas declarações, frequentes, de alguns “notáveis”, como Saldanha Sanches, por exemplo, quando dizem que não é possível resolver este problema, enquanto houver um exemplo de funcionário das finanças a dar cobertura a estas coisas, a ser corrupto, ou a beneficiar alguém, por mero compadrio e tráfico de influências.
Acontece que, no blog “O Jumento” (que tem “link”, na margem), encontrei alguns bons e escandalosos exemplos de que este favorecimento de pessoas, não idóneas, vem dos mais altos responsáveis do Governo. Aconselho-vos, sinceramente, a ir até lá.
Então, se isto é facto do conhecimento geral, cujas consequências são assumidas, generalizadamente, qual é o objectivo deste artigo?
É que eu só estou de acordo, em parte, com o diagnóstico feito. Duma vez por todas, as pessoas têm que começar a compreender que os nossos problemas são mais profundos e que têm que ser “arrancados pela raiz”. É que, em toda a nossa vida social, política e económica (relações de trabalho), os responsáveis passam o tempo a promover a desonestidade.
Comecemos pelos exemplos mais comezinhos, aqueles que todas as pessoas minimamente informadas já acham “normais”: Num artigo antigo, já arquivado, “As novas formas de Inquisição! O Fascismo em Força!” eu vociferava contra uma retaliação criminosa, exercida sobre pessoas com vínculo laboral à Santa Casa. Uma parte das pessoas, governantes incluídos, com maior e mais gravosa culpa, “passam” por questões destas sem ligar, inventando uma série de sofismas para desculparem a sua própria indignidade. Mas o facto é que este é um bom exemplo de situação onde a maioria das pessoas envolvidas, foi obrigada a ser desonesta, para garantir a sua sobrevivência. Isto acontece, generalizadamente, no nosso País. As consequências são terríveis! Que motivação têm estas pessoas, para serem honestas nas suas obrigações fiscais, se são obrigadas, pelo poder, a ser desonestas para garantirem a sua sobrevivência? É no que dá entregar a direcção das nossas instituições a gente assim.
Não sei qual o conhecimento directo que têm as pessoas que me lêem, acerca da forma como são feitos relatórios, estudos, pareceres, oficiais e não só. Eu constatei, muitas vezes que, nesses casos, a verdade, os números, as conclusões, os factos, são sistematicamente distorcidos, manipulados, inventados, para se “ajustarem” à “encomenda”. Pois isto, é necessário dizê-lo com todas as letras, é desonestidade, cuja existência tem o mesmo efeito dos maus exemplos citados por Saldanha Sanches.
E que dizer da desonestidade que é os parlamentares, que não são eleitos, ocuparem os seus cargos, dizendo-se que o parlamento representa toda a população, quando não representa nem 20% dos cidadãos? Desafio qualquer pessoa honesta a provar que não tenho razão, fazendo a pergunta aos cidadãos e assumindo as consequências da resposta! (É claro que me dirijo ao Presidente, que é quem pode fazê-lo, mesmo sabendo que ele é surdo, porque pretendo contribuir para que, na história, ele fique registado como merece).
E nunca mais acabaria de dar exemplos assim, se quisesse fazer uma enumeração exaustiva.
Pois é! Estas coisas da honestidade têm meandros que o facciosismo absurdo dos políticos não os deixa ver. Por isso teremos que ser nós a gritá-lo bem alto, a exigir o direito de sermos ouvidos, a exigir sermos representados a todos os níveis da sociedade. A maioria da população é honesta e exige honestidade, porque sem ela a nossa situação só pode piorar.
Por isso eu digo que, se tivesse algum “voto na matéria”, esta seria uma das questões que resolveria com a maior das facilidades. Uma questão que só não é resolvida porque seria necessário envolver a maioria da população e isso implicaria dar o devido valor (e a devida consideração) às pessoas. Isso os políticos não podem fazer, porque não ficaria “espaço” para a sua própria desonestidade.
Isto para concluir que não é a desonestidade das pessoas, dos cidadãos, que impede a resolução deste tipo de problemas, como se pretende fazer crer (em discursos reaccionários e insultuosos, para todos nós), mas é, isso sim, a desonestidade dos políticos e governantes!
Todos estes considerandos poderiam repetir-se, por analogia, relativamente à produtividade, e não só!

2004/11/24

Há que avançar!

Aqui está uma boa ideia! Talvez trabalhosa, mas exequível! Há que avançar e este parece-me um bom caminho, em que vale a pena persistir. Tudo se consegue (quando é justo), desde que se persista o suficiente. Por mim estou de acordo. Há que "estruturar" um texto que possa reunir largo consenso. Vamos então trabalhar nisso!
Transcrição:
"
caro biranta, não sou de direito constitucional, mas se algum dos amigos dos nossos blogs fosse, talvez fosse mais fácil estudarmos uma hipótese viável. Tipo uma petição ao presidente? Não sei.. são precisas qts assinaturas? Meio milhão?
Abraço
Bin_tex"

2004/11/22

Nunca de Cócoras!

Na minha caixa de "e-mail", encontrei esta mensagem, que merece destaque.
Pela minha parte, apelo, abertamente, à abstenção neste referendo, mas também acho que mais alguma coisa tem de começar a ser feita, todos os dias. Vou trazer aqui outras ideias! Para já fica a "mensagem", proveniente de "Abnóxio"

"Apelo à indignação cívica: a favor da Europa ou contra a Europa, mas jamais de cócoras...

Uma certa classe política em Portugal, talvez por se contemplar excessivamente ao espelho, continua a agir na aparente pressuposição de que os portugueses, rebanho fácil, aceitam tudo e são estruturalmente incapazes de um gesto colectivo de denúncia da estupidez e de revolta cívica.
Os deputados dos partidos da maioria conjuntural que nos vai desgovernando, aliados aos do principal partido da oposição, decidiram desafiar, com uma pergunta idiota para um referendo faz-de-conta, a inteligência dos portugueses.
Se, perante a ofensa, não nos indignarmos, a nossa cumplicidade pelo silêncio será seguramente interpretada como a definitiva confirmação de que, neste país, vale tudo e que os portugueses são, de facto, um povo que não merece mais do que um açaime e uma coleira.
Como me recuso a figurar na fotografia dos idiotas, apelo a todos os bloguistas e a todos os concidadãos que ainda não se deixaram sepultar em vida que, colectivamente, digam NÃO a quem persiste em querer tratar-nos, politicamente, abaixo de cão.
Apelo apenas, por isso, à indignação. Cada um saberá exprimi-la à sua maneira e da forma que entender mais adequada. Milhares de vozes a dizerem NÃO terão, seguramente, um impacto avassalador sobre a trafulhice referendária que nos espreita.
Esta não é uma causa de esquerda ou de direita. É uma causa da inteligência e do bom senso, os derradeiros atributos que nos restam.
A favor da Europa ou contra a Europa, mas jamais de cócoras.
Conto consigo para passar a palavra e o testemunho.
19 de Novembro de 2004
Ademar Santos, português por extenso
http://abnoxio.blogs.sapo.pt"
Fim de transcrição.
Apelo à participação de todos, para que se inicie alguma forma de protesto diário. P. Ex.: braçadeira branca!? Outra coisa? Esperam-se outras ideias!

Esta "Gente" não tem noção de Limite!

Esta gente não tem noção de limite!
Os documentos publicados nos artigos: “O País nas mãos de criminosos” e “As confissões do Bibi (casa Pia)”, deste “blog” têm um outro anexo (Carta enviada a jornais estrangeiros) que não transcrevo aqui, por ser demasiado longo.
Todavia, não resisto a transcrever algumas passagens deste documento e também do “Muito Mentiroso”, para se perceber bem a que ponto (de descalabro) chegou a nossa idoneidade colectiva; isto é: os reais e profundos motivos que nos mantêm “presos neste limbo de indignidade”, encurralados neste lodaçal, reféns desta perfídia, sem saídas e sem esperança!
Início de transcrições:
“Para que se perceba melhor o quanto é apavorante a situação institucional e social, em Portugal, vou contar uma história, antiga, mas que volta à actualidade, com frequência; e mormente agora, evidenciando perigosas ligações com o processo da “Casa Pia”.
Há uns anos atrás, devido a denúncia dum indivíduo, detido por tráfico de droga, feita através dum advogado muito conhecido (o Dr. Garcia Pereira), constatou-se que a Polícia Judiciária vendia toda a droga apreendida, substituindo-a por sacos com farinha. Nessa altura foram demitidos todos os agentes do respectivo sector (mas julgo que não foram punidos criminalmente). Sucede que, no prédio ao lado da minha casa, mora um desses indivíduos (dos que foram demitidos), que disse, aqui na vizinhança, para quem o quis ouvir, que eles, os agentes, foram “corridos”, mas os principais responsáveis, os seus superiores, para quem eles trabalhavam, continuaram no activo e prosseguiram com esta sua actividade criminosa. Mais recentemente, tem-se ouvido, periodicamente, mas com alguma insistência que, não apenas esta polícia continua a vender (a traficar) droga, como angaria, de vez em quando, novos “traficantes”, para depois os prender e, assim, “mostrar trabalho”. E continuam a existir, na sociedade muitas evidências de que assim é.
E, mais uma vez, no dia 2003-11-08, cerca das 20H50, no jornal da noite da estação de televisão “SIC”, apareceu um indivíduo que cumpriu pena de prisão, a dizer que tem provas de que a Polícia Judiciária trafica droga, quer fazer a denúncia, mas ninguém lhe dá ouvidos”.
Justifica-se abrir, aqui, um parêntesis, para recordar que já depois desta carta (que data de Novembro de 2003), os irmãos Pinto, que lideraram as manifestações contra os aumentos das portagens, na ponte 25 de Abril, contaram uma história semelhante. Ou seja: está tudo aí, às claras, à vista de todos; só não vê quem não quer. Mas os investigadores, neste país, andam atrás das pessoas que fazem estas denúncias. Mais palavras para quê? Gostaria de saber o que tem a dizer a isto o Dr. Mário Soares, que agora aparece a fingir-se tão preocupado com a situação do País. O que é que se espera? Ninguém pense que se pode ser feliz, ou progredir, numa sociedade que permite infâmias destas. Mas voltemos à transcrição.
“Também há cerca de um ano, foram presos vários agentes policiais, sobretudo das brigadas de trânsito, por corrupção e extorsão. Há dois dias, igualmente nos noticiários das televisões, no primeiro dia do julgamento dum destes grupos de agentes, foi dito por um dos advogados de defesa, que não apenas estas “actividades” dos agentes, que estão a ser julgados, eram conhecidas e toleradas pelos seus superiores, como estes “participavam” dos “proveitos” (nas receitas). Não tenho dúvida em acreditar que estas denúncias têm fundamento, até porque é inconcebível que pudesse ser doutro modo; e também pela minha própria experiência sobre a falta de pudor (e impunidade) das polícias. Também sei que existem muitas mais denúncias, de cidadãos, que são silenciadas, para que esta criminalidade possa persistir.
O facto é que, com o passar do tempo, são cada vez mais evidentes as ligações entre este tipo de criminalidade (institucionalizada) e o caso da “Casa Pia”, quer por tráfico de influências, consentido, quer por “vantagens” (ou impunidades) obtidas através de chantagem. Mas o mais grave é a evidência de que ambos os tipos de criminalidade estão a usar o processo da “Casa Pia”, para chantagearem e ameaçarem todos os titulares de cargos públicos, mantendo-os calados e inactivo, perante as suas “actividades” criminosas, sob ameaça (velada ou explícita) de serem “acusados”, publicamente, de abuso sexual de menores. Por isso se torna mais premente esta denúncia. É urgente acabar com este “sequestro” das instituições, que também impõe o arrastar do processo e agrava a situação económica, política e social do País”. (Fim de transcrição)
Aqui justifica-se relatar o caso denunciado pelo Dr. Garcia Pereira, para se perceber, por exemplo, porque é que nenhum pedófilo ou traficante de droga, pode ir para a prisão. Assim se compreende que, há muito pouco tempo, um grande traficante tenha sido preso e posto em liberdade dias depois, em cumprimento de regras que nunca foram aplicadas aos presos, inocentes, acusados de pedofilia. A parte que falta, na transcrição feita acima é a seguinte:
Um traficante, cidadão dum país da América Latina, foi preso no Aeroporto de Lisboa e foi-lhe apreendida toda a droga que transportava. Vai para a cadeia de Monsanto e não nomeia advogado (como parece ser comum nestes casos). O tribunal nomeia-lhe defensor oficioso e a tarefa recai sobre o Dr. Garcia Pereira, escalado para aquele juízo. O Dr. Garcia Pereiras, segundo as suas palavras, visitou o preso para lhe dizer que, se ele não o convencesse de que estava inocente, pediria escusa, porque não defendia traficantes.
Neste ponto da conversa, o tal traficante “passou-se” e respondeu ao Dr. Garcia Pereira que assumia ser traficante, mas que pior do que ele era a Polícia Judiciária, que traficava a droga apreendida. Ele, para a vender, tinha que a comprar, eles, os polícias, roubavam-na para depois a vender.
Terá dado, ao Dr. Garcia Pereira, uma “lição” sobre tudo quanto dizia respeito a droga e rematado dizendo que a prova do que dizia era o facto de ter sido apreendido, na chegada, um certo tipo de droga; que não havia “mercado”, mas que, no entanto, circulava dentro da cadeia. E só podia ser vendida pela Polícia Judiciária.
Em consequência, o Dr. Garcia Pereira fez relato do facto para o juiz. Foi-se verificar a droga apreendida mas, dentro dos sacos, estava apenas farinha.
Seguiu-se o escândalo, de que muita gente já se esqueceu, certamente (e outros nem chegaram a ter conhecimento. Mas fica aqui o relato, feito de memória, para desmentir que “a memória do povo é curta”. Quando é preciso compreender, encontrar explicação para factos absurdos, qualquer pessoa medianamente inteligente usa todos os seus conhecimentos. Por isso, a nossa eterna gratidão ao Dr. Garcia Pereira. Ele deu um grande exemplo de idoneidade, de integridade que, infelizmente, não foi seguido, como devia ter sido, por muitos outros advogados e “agentes da justiça”.
Mais uma transcrição, agora do “Muito Mentiroso” (o blog que, no verão de 2003, chegou a alvoroçar muita gente):
“(Em 1996) Uma brigada da PJ, chefiada por Ana Paula, descobre pedofilia, no Parque Eduardo VII e nos Jerónimos, com envolvimento preponderante de alunos da Casa Pia, de várias idades. A actual coordenadora, Rosa Mota, tentou parar a investigação dizendo que era “muito perigosa, mas Ana Paula continuou e organizou o ficheiro dos miúdos. Neste ano já Pedro Strecht assistia os alunos da Casa Pia. Os miúdos mostraram casas no Restelo, Cascais e Coruche. Um deputado Europeu foi apanhado em flagrante. Ana Paula recebeu ordens para “esquecê-lo”. Não obedeceu completamente, por isso os seus colaboradores sofreram pressões e pediram transferência. Quatro ou cinco anos mais tarde foi “apertada” por Rui Pereira, director do SIS e pelo chefe Basílio, que queriam informações sobre os miúdos, para “tramar” figuras do PS.
Entretanto, Ana Paula foi afastada da Brigada e “posta na prateleira”. Para o seu lugar foi nomeado Dias André, que enriqueceu, rapidamente, comprando, até, uma moradia, no valor de cem mil contos. A sua ligação ao “TRÁFICO DE DROGA”, oficial, dentro da P.J. e/ou as suas actividades de chantagem com material pedófilo, “justificam” plenamente o seu o seu património (oficial e clandestino), que está muito acima do milhão de contos. Até tem um processo por extorsão. No entanto, o seu património é inferior ao de Dias Costa, ao do seu chefe Paulo Rebelo, afilhado de Laborinho Lúcio”…
E noutro passo, mais adiante, este documento diz:
“Dias André, com um currículo impressionante: 1. Falsificação de provas; 2. Destruição de provas; 3. Extorsão; 4. Corrupção; 5. Desobediência; 6. Ligações ao tráfico de droga.
A droga é outra história muito completa. É outro “polvo” que não acabou com a suspensão de dezena e meia de agentes da P.J.
Para abrir o apetite, e alertar as entidades máximas, deixamos algumas pistas:
- Vários barcos vão, a Marrocos, comprar droga. Tudo pago pela PJ.
- Há civis envolvidos, como agentes infiltrados, mas provocadores, na distribuição.
- Fazem-se apreensões, espectaculares, junto dos compradores que são angariados pelo “infiltrado”. Setúbal e Aveiro são exemplos famosos. Assim, a “imagem” da P.J. é de “grande eficácia”.
- Desviam-se alguns quilos, antes de chegar ao armazém. É uma espécie de “comissão” para a equipa que “investiga com sucesso”. É a herança operacional de Dias Costa. Os seus herdeiros são: Paulo Rebelo, “afilhado” de Laborinho Lúcio e chefe de Dias André, Ilídio Neves Luís, Luís Neves Baptista, etc.
Perguntas: Quem é um tal Victor Ferreira, civil infiltrado, íntimo de Paulo Rebelo, de quem chega a conduzir o “Alfa Romeo”? A quem pertence o armazém de droga da PJ, na Lourinhã?” Fim de transcrição.
Nota: “A suspensão de dezena e meia de agentes da PJ” é uma referência ao facto relatado acima, na primeira transcrição.
Sublinhe-se que este segundo documento, de que se transcreveram alguns excertos, é assinado por GOVD – Grupo Operacional de Vigilância Democrática, que assim se descreve: cidadãos, homens e mulheres, que integram também vários profissionais das polícias e SIS. Portanto, gente que sabe do que está a falar, que convive, todos os dias, com isto. Aliás é um disparate de gente muito cretina (e vil), pensar que é possível esconder coisas destas; toda a gente sabe, toda a gente comenta, toda a gente conhece alguém que tem conhecimento directo.
Mais uma transcrição, agora do livro de Carlos Cruz, pág. 219: Outro detido anda pelos corredores “revoltado”, em grande algazarra. Recebeu a acusação, onde se afirma que foi detido na posse de 5 Kg de cocaína. Ele garante que eram 7 Kg. E só pergunta, exaltado: “Onde é que estão os outros 2 Kg?”
E na Pág. 273: “Vive-se aqui (na P.J.) um clima que parece de campanha… Conversas em voz baixa e há mesmo quem diga que tem medo. O sentimento é quase unânime. Todos receiam o impacto negativo que terá a libertação ou absolvição de (Carlos Cruz), para a credibilidade da PJ. (Aqui faço eu um parêntesis para dizer que alguém devia ensinar, àquela gente, alguma coisa sobre o que é viver em sociedade e as consequências colectivas de coisas vil como estas; ensiná-los a pensar: como é que gente esclarecida pode imaginar que uma coisa destas não arrasta, imediatamente, a PJ para as ruas da amargura? Por ser segredo? São os actos, em si, que o acarretam imediatamente. Santo Deus! São mesmo pessoas sem referências. Imaginam que actos desta perfídia, praticados por uma polícia minada de criminosos, poderão não deixar manchas eternas? Até deixam no nosso “cosmos” colectivo, por muito, muito tempo. Porque é que pensam que me preocupo? Porque é esta infâmia que não nos deixa ser uma verdadeira sociedade”).
Chamo a atenção, também, para o último parágrafo da pág. 330.
E ainda para o facto de, num dos “Diários de Raquel” publicado num dos matutinos de Lisboa, se contar uma história, dum cidadão de nome Timóteo, referido no segundo parágrafo da Pág. 274, que foi dado como tendo-se suicidado, mas que terá sido assassinado, à pancada, tendo mesmo escrito o nome do assassino com sangue. Toda a gente viu, toda a gente soube (dentro da PJ, é claro) toda a gente calou. O autor do “feito”, dias André, reconheceu-o publicamente, porque ameaçou processar Raquel Cruz, apesar de ela não o identificar. Chamou-lhe Days.
E agora pergunto: Mas isto é um país? Quando passará a ser? Quando será que os titulares de cargos públicos compreendem que a manutenção duma situação destas, de que toda a gente sabe, de que toda a gente fala, que toda a gente conhece, é culpa deles? O poder foi-lhes entregue a eles e, por isso, se é usado assim: abusado, aviltado, infamemente, é porque eles deixam. Em segredo!? Qual segredo? Apenas porque a comunicação social, fazendo jus à sua perfídia, cala, acoberta, é cúmplice? Desde quando é que estamos condicionados por aquilo que os jornais publicam? É nestas coisas que se vê quem é realmente democrata! Há por aí algum partido que o seja? Pois prove que é! É que, em democracia não se toleram tais infâmias! Tão descaradamente.
É claro que, chegados a este ponto (e juntando todos estes factos) pode-se perceber porque é que um grande traficante passa uns poucos dias na cadeia e é logo libertado; percebe-se porque é que, no processo Casa Pia, se prenderam inocentes (a importância desse facto para os objectivos); porque é que se protegem todos os que têm alguma coisa que ver com o assunto; porque é que, desses, os principais nunca foram acusados, nem mencionados, nem podem sê-lo!
E os responsáveis dos responsáveis do SIS; e os responsáveis pelos responsáveis da PJ? Não sabem, ou estão implicados? Saber eles sabem, pois se até eu sei!
E não faço mais perguntas, porque as respostas são bem capazes de tornar o nosso estado de espírito demasiado sombrio! Quem nos acode? Quem é que vai fazer a sua obrigação, algum dia? Quando?



2004/11/19

Incentivos ao Desenvolvimento!

Esta "notícia" está em "Publicus Sociales". Se ser "bloguer" não significar ser solidário, então também não tem grande utilidade. Aqui fica a transcrição:

Depois de tudo tratado e aprovado, quer na Instituição de Acolhimento, quer na Instituição de Origem, com todas as dificuldades que tal acarreta, a Srª Ministra não aprova, em última instância, o meu projecto, incorporado no Programa PRODEP.
E agora, o que fazer?
Obrigado Srª Ministra, mais uma vez, obrigado.
E assim que investe nas pessoas.
Na volta vou começar a roubar...
Obrigado, mais uma vez, pela não atribuição de provimento, ao meu projecto.

Fim de transcrição!

Mais palavras para quê? É assim que se incentiva o progresso, a inovação, o desenvolvimento, o empreendedorismo, na nossa sociedade! Desprezando o esforço das pessoas.
Eu até compreendo que haja iniciativas que possam ser excluídas, mas isso tem de ser feito antes de as pessoas desperdiçarem tanto esforço (é que o esforço dos cidadãos é uma riqueza nacional) e tem de implicar que quem tem apetência para este tipo de coisas (não é o meu caso, por exemplo), seja encaminhado, obrigatoriamente, para alguma necessidade viável, daquelas que há para suprir, porque as há!
Mas não! Neste país não há nada que necessite ser feito, não se faz nada, não se deixa fazer nada! É assim com todos nós! É por isto, devido a estes problemas CONCRETOS que estamos na situação de calamidade actual!
A minha solidariedade ao excluido!

2004/11/18

Três soldados Egípcios mortos por Israel!

Três soldados Egípcios mortos por Israel!
Israel pediu desculpa pela morte de três soldados Egípcios, assassinados por soldados Israelitas, por engano, na fronteira entre os dois países!
Os soldados Israelitas pensavam que estavam a disparar sobre palestinianos. Terroristas, no seu dizer!
Por este exemplo se pode ver a “segurança” com que os Israelitas identificam os terroristas. São todos; é qualquer um; é quem calha. Se os assassinados fossem palestinianos estava justificado: eram terroristas!
Nem desculpas eram precisas, para o Mundo!
Não há dúvida de que estes facínoras estão a caminhar para o seu próprio fim; o fim de Estado de Israel, “profetizado” pelo líder histórico do Hammas, já assassinado também por Israel, como forma de ratificar a “profecia”.

O País nas mãos de criminosos!

O País nas mãos de criminosos!
Esta gente não tem noção de limite!
A autora do documento que está no artigo “As confissões do Bibi (Casa Pia)” recebeu, quase em simultâneo, duas “notificações” para ser “interrogada”, como arguida, respectivamente nos dias 03-12-2004 e 26-11-2004. São os processos nºs: 606/02.3PULSB e 9751/03.7TDLSB; o primeiro na PSP e o segundo, no DIAP, Casal Ribeiro.
Foi notificada, assim, sem qualquer outra informação. Não constam os crimes, nem os denunciantes, nem os denunciados, nem os motivos, nem nada.
O que vale é que esta senhora já noutras alturas foi vítima de perseguições semelhantes, primeiro da PIDE, quando era ainda muito jovem; e mais tarde da Polícia Judiciária, com o objectivo, claro, de aterrorizar; por isso já nem liga. Já agora, cá ficamos à espera de nova notificação, devido aos conteúdos deste “blog”.
Segundo me diz, os motivos (que desconhece, de todo) só podem prender-se com as denúncias como a que se segue:
P.M.P.

À
Procuradoria Geral da República
Rua da Escola Politécnica
LISBOA

DENÚNCIA
Fulana (seguem-se os elementos de identificação),
Vem denunciar os actos de conspiração contra o Estado de Direito, contra a democracia e contra a própria segurança do Estado que têm vindo a ser praticados por associações criminosas, através do aparelho do Estado, das Instâncias Judiciais e da comunicação Social. Constituíndo o resultado daquilo que a denunciante designa “CRIMINALIDADE INSTITUCIONALIZADA”, já há muito tempo.
Esta criminalidade tornou-se mais despudorada, arrivista e prepotente, com o desenrolar do “Escândalo de Pedofilia” actuando à vista de todos, de dentro das instâncias governamentais e judiciais, protegendo criminosos e prendendo inocentes; ao mesmo tempo que prossegue, através dos orgãos de comunicação social, uma cabala política, tendenciosa, que pretende, claramente, condicionar as escolhas eleitorais da população, inibindo o voto no principal partido da oposição; com o objectivo, óbvio, de perpetuar no poder o actual governo; numa espécie de golpe de estado institucional, contra a democracia, contra o Estado de Direito, contra os direitos dos cidadãos e contra a segurança do Estado.
Neste momento, pode-se dizer com realismo, que o País sofoca, refém deste TERRORISMO, exercido indescriminadamente sobre qualquer cidadão, através do aparelho do Estado e das instâncias Judiciais.
Um dos últimos exemplos desta conspiração é a divulgação do escândalo de pedofilia, nos Açores (governado pelo PS), quando se sabe, já há muito tempo, que este tipo de criminalidade actua impunemente na Madeira (governada pelo PSD), sendo mesmo abordada, pelo respectivo presidente do governo regional, como se se tratasse duma qualquer atracção turística. O documento anexo nº 3, ilustra esta situação. O grande problema é que o PS não percebe que os cidadãos não estão dispostos a votar num partido que se acovarda perante uma situação destas, não conseguindo resolver os seus próprios problemas, muito menos os do País. Sr. Dr. Ferro Rodrigues, não conte com nenhuma maioria absoluta!
E para que o Sr. Procurador Geral da República (cujo grau de implicação se desconhece, mas existe), não volte a desculpar-se, como fez, acerca dum artigo publicado numa revista estrangeira, que não se justificava actuar, porque não eram referidos os nomes, junta-se o documento anexo nº 1, retirado da Internet, porque o seu conteúdo é indesmentivelmente verosímil e é confirmado, todos os dias, por mais algum acontecimento tenebroso e racionalmente inexplicável.
Também se transcrevem alguns dos nomes referidos no anexo nº 1, como implicados nesta monstruosa conspiração e em tráfico de droga, para que não restem pretextos de desculpa:
Alguns dos denunciados são:
- Dias André, inspector da Polícia Judiciária, que, para além do mais, reconheceu publicamente estar envolvido num assassinato, quando ameaçou processar Raquel Cruz, por uma das suas crónicas, que não o identificavam claramente;
- Rosa Mota, inspectora da Polícia Judiciária
- Paulo Rebelo, chefe de Dias André
- Dr. Cunha Rodrigues
- Dr. Gonçalves Pereira e Bonina
- Procurador Agostinho Homem
- Juiz Trigo de Mesquita
Todos eles nos termos que melhor são descritos no documento anexo nº1
Também os abaixo enumerados, como sendo alguns dos envolvidos em criminalidade pedofila e, portanto, protegendo, com os seus cargos e funções, os autores destes crimes, através de compadrio e tráfico de influências consentido, ou, porventura, sob chantagem:
- Paulo Portas, ministro da defesa, referenciado como “Catherine Deneuve”, nos meios da criminalidade pedofila;
- Luis Filipe Pereira, ministro da saúde, também referido pelas fontes do citado artigo;
- Valente de Oliveira, ex-ministro, idem
- Engº Pais do Amaral
- Juiz Carlos Lobo
- Juiz Caramelo
- Eurico de Melo
- Dr. Carlos Martins, advogado de Carlos Silvino, que chantageou publicamente Paulo Portas, para obter impunidade do Tribunal da Relação, dizendo, na comunicação social, que gostava que “Catherine Deneuve” fosse preso.
- Dr. Pedro Strecht, pedopsiquiatra
- Dr. Pedro Namora
- João Paulo Lavaredas, melhor identificado no Processo da Casa Pia;
- Francisco Guerra, idem
- Mário Pompeu, Francisco Andrade e Márcio Necho, Idem, idem.
Igualmente como melhor é descrito no documento anexo nº 1.
E ainda, como sendo alguns dos envolvidos na propaganda e manipulação criminosa, da opinião pública, através da comunicação social:
- Felícia Cabrita, jornalista do “Expresso”
- Manuela Moura Guedes, jornalista da “TVI”
- Octávio Lopes, jornalista do “Correio da Manhã”
Repete-se que estes serão apenas alguns dos nomes implicados, porque os factos demonstram que existem muitos mais. O importante é que o País deixe de ser refém deste TERRORISMO, que nos mergulhou na profunda crise económica e social que vivemos, justificando o enorme desespero, angústia, depressão e desconfiança da generalidade dos cidadãos.
No documento anexo nº 2, enviado a orgãos de comunicação social estangeiros, elaborado pela denunciante, antes de ter tido acesso ao documento anexo nº 1, estão fundamentados os motivos que justificam esta denúncia, a que a autora se vê forçada, porque as nossas instituições não funcionam. E a Justiça, cujo bom funcionamento é fundamental, para permitir o progresso de qualquer País, só funciona para proteger a criminalidade institucionalizada.
Pelo exposto, nesta denúncia e nos seus anexos, requerem-se as seguintes medidas preventivas imediatas:
- Que a Dra. Catalina Pestana seja afastada do cargo de Provedora da Casa Pia, pelos motivos expostos no anexo nº 2; medida que se mostra indispensável para proteger as crianças da Casa Pia.
- Que sejam libertados imediatamente todos os inocentes, nomeadamente Carlos Cruz, relativamente ao qual não restam quaisquer dúvidas. Como forma de impedir, pelo menos por esta via, o prosseguimento da conspiração aqui denunciada, e também porque a prisão de inocentes é um crime social hediondo, cometido pelas instituições, em nome dos cidadãos, mas que nos avilta a todos.
- Que seja instaurado inquérito público e que todo e qualquer cidadão possa dizer tudo o que sabe, sobre tudo isto, incluindo sobre o tráfico de droga.
- Que sejam inquiridas todas as pessoas que estão presas por tráfico de drogas, ou estiveram presas nos últimos dez anos; e respectivos familiares. Incluindo os familiares dos que foram assassinados nas cadeias.
- Nomeadamente, pretende-se que sejam ouvidos, também, todos os agentes da Polícia Judiciária e do SIS; porque acreditamos que a maioria são gente honesta. Formulamos votos de que saibam ter a coragem necessária, na hora certa.
- Que seja investigada a existência, denunciada na televisão, duma máfia que controla as clínicas de recuperação de toxicodependentes, impedindo a recuperação dos internados.
E, uma vez que as instituições não têm funcionado e não podemos saber se a condução do inquérito não vai ser entregue a algum dos implicados, nem o tipo de envolvimento de todas as testemunhas, requere-se que o andamento deste inquérito seja publicado periodicamente e corrigido, se necessário, para que o SEGREDO DE JUSTIÇA não continue a ser usado e abusado, como até agora, exclusivamente ao serviço da conspiração.
Esta denúncia vai ser entregue também, ao Presidente da República, à Assembleia da República, à comunicação social nacional e internacional, à Comissão Europeia e ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Mas mantém-se endereçado apenas à Procuradoria, para evitar o habitual “jogo do empurra”, e consequente imobilismo, com que se tem protegido esta criminalidade..
Como as instituições não funcionam, como deviam, impõe-se tomar medidas, também, nesse sentido. Assim requere-se:
- Que seja referendada a composição da Assembleia da República, passando a ser de cem (100) o número máximo de deputados e que a eleição seja feita por proporcionalidade directa entre a percentagem de eleitores e o número de deputados, correspondendo um deputado a cada um por cento de votos e ficando vagos (e contando para as votações) os lugares relativos à abstenção. Na actual situação isto implicaria a redução do número de deputados para cerca de sessenta e dois (62), número mais do que suficiente para o pouco (ou nada) que fazem. Esta medida destina-se a prevenir os objectivos da conspiração aqui denunciada, porque deixa de ser possível invocar maioria, com apenas trinta por cento dos votos, como acontece actualmente. Além disso é fundamental para a mobilização dos cidadãos (indispensável para vencer a crise) e para a responsabilização do parlamento e dos políticos.
- Que sejam referendadas, obrigatoriamente, as decisões com incidência na Constituição e sobre a participação ou apoio do País em conflitos armados.
- Que sejam referendadas as condições de elegibilidade do presidente do governo e do responsável máximo pelo funcionamento e idoneidade do aparelho judicial, que devem passar a ser eleitos por escrutínio directo, depois de declararem publicamente, sob compromisso de honra, não pertencer a partido ou organização submetida a filosofia específica, a disciplina e/ou interesses de grupo, como é o caso da maçonaria.
- Que os respectivos programas eleitorais constituam compromissos de honra e contenham prazos de realização, que passem a ser obrigatoriamente respeitados, sob pena de perda de mandato e repetição da eleição.
- Que os deputados e o governo sejam inibidos de decidir sobre os seus vencimentos e regalias, que terão de ser, obrigatoriamente, referendados.
Requere-se, ainda, que este documento seja divulgado e posto à disposição de todos, para poder ser subscrito, no todo ou em parte, por qualquer cidadão eleitor.
Com esta denúncia a sua autora pretende repudiar esta vil situação que tem vindo a ser imposta à população portuguesa, abusando da paciência e do civismo da generalidade dos cidadãos deste país. Mas tudo tem um limite! E, tal como há dez anos atrás era óbvio que a situação actual seria inevitável, também o momento que vivemos conduzirá a reacções desesperadas, com consequências imprevisíveis, que podem afectar, por exemplo, a segurança do Euro2004. Esperemos que a UEFA se aperceba a tempo!
Em todo o caso a denunciante pretende não prescindir do direito de, no limite, repudiar a sua cidadania, se a actual situação se mantiver. E, se esta denúncia não tiver o devido seguimento, tenciona queimar o seu bilhete de identidade e uma bandeira portuguesa, publicamente, no dia 25 de Abril de 2004, como forma de recusar uma cidadania que considera aviltante e que tem sido impedida de exercer, por esta criminalidade institucionalizada, aqui denunciada.
Lisboa, 15 de Dezembro de 2003.
Anexos: - 1. Documento de 9 páginas retirado da Internet, designado “Blog”
- 2. Carta à Imprensa Estrangeira, de 14.Nov.2003, com 12 páginas.
Fim de transcrição.

Esta denúncia e seus anexos, foi entregue a todas as “entidades” que refere. Como se vê, nada foi feito quanto à situação real, cujos reflexos na calamitosa situação do País, se agravam todos os dias, mas as perseguições aí estão, tal e qual como convém a qualquer organização Pidesca, usada para os mais perversos fins.
Pois seja! Cá ficamos à espera de novos desenvolvimentos! Nós não somos o B.E., não temos medo de dizer o que pensamos; o que a realidade, os factos por todos constatados, nos obrigam a pensar. Por isso estamos preparados para tudo. Até porque chega um momento em que, quem seja cidadão íntegro e consciente, percebe que não tem nada a perder (já perdemos tudo, quando perdemos a dignidade, às mãos de gente desta).
Isto são coisas que nos dizem respeito a todos; e de que todos devem ter conhecimento. É mais um exemplo em que o segredo só serve para encobrir e proteger quem devia ser punido!

Manifestação! Os "meus" motivos!

Manifestação, dia 27 de Nov. às 11 horas, em Belém
Na convocatória desta Manifestação apela-se à participação de todos, com os seus motivos.
Pois aqui estão os meus motivos, para participar:

Este primeiro pedaço de texto, foi transcrito do artigo “Comentários que merecem destaque”, publicado neste “blog”
- “O que eu quero é democracia! A sério! Honestidade, como convém à maioria da população! Eficiência, como é urgente para resolver os problemas da maioria da população! Com a maioria da população que, sem sombra de dúvidas, é mobilizável (e generosa), por estes objectivos! (Mas não é mobilizável por qualquer partido)
Políticos honestos, PRECISAM-SE!”

Este segundo pedaço de texto, foi transcrito do comentário de “Macedo Barros”, na convocatória anterior, da manifestação, aqui, neste “blog”. Se se trata dos problemas do País, é bom que encontremos objectivos comuns a todos, independentemente das opiniões “filosóficas” particulares. Eu subscrevo, também, estes objectivos.
- “A minha convicção é que devem mandar, no sentido de dirigir, todos os que se preocupam realmente com o que é justo. Que mandem pois os justos!
Comecemos por punir os prevaricadores, retirando-os do exercício, doloso, dos cargos, com a agravante de terem de devolver o que lhes pagámos anteriormente; quero ver qual o corrupto que quererá desempenhar um cargo nestas condições. Acabe-se com os egoísmos e a ganância; vença Portugal, a eficiência, a imaginação e a dedicação. Acabe-se com o seguidismo e as modas; queremos a alma portuguesa!”

Mais! Concretizaria isto tudo exigindo que os cidadãos se possam pronunciar sobre:
- A composição do Parlamento;
- Os vencimentos e regalias dos políticos;
- O respeito pela opinião dos que não votam (fazendo depender o tempo de mandato da representatividade real do eleito)
- Que os cidadãos se possam pronunciar acerca da continuidade do exercício de funções de qualquer titular de cargo público, em situações escandalosas, como é o caso do Governo actual, do Procurador Geral, etc.
- Que 82 Deputados, que não foram eleitos, vão para a RUA, imediatamente, porque não têm legitimidade para ocupar os seus cargos;
- Que o Presidente ouça quem deve (a população, já que os seus conselheiros não prestam), para tomar as iniciativas que nos permitam sair deste descalabro de situação. Porque ele é Presidente e foi eleito para isso mesmo! Ou então demita-se, porque assim não pode ser.
- Que as pessoas que são demitidas ou punidas pelos seus crimes (ou actuações duvidosas, como no caso dos escândalos), percam as regalias sociais conquistadas no cargo!
Para se acabar com a bandalheira de se cometerem, de dentro das instituições, todo o tipo de crimes e atropelos, que dão origem a indemnizações, que o Estado paga, mas que não recebe dos culpados. Estas indemnizações têm que passar a ser, obrigatoriamente, cobradas aos culpados, em excesso, por causa dos prejuízos do próprio estado e da sociedade.
Há mais, mas não quero monopolizar a “discussão”!
Farei com que apareçam alguns cartazes com alguns destes objectivos e outros! Espero que cada um dos participantes faça o mesmo, relativamente aos seus próprios motivos. A meu ver, aqui cabem todos os motivos, mesmo os particulares, que tenham que ver com o mau funcionamento do País!

Mais um comentário para Destaque!

Mais um …… Destaque
Mais um comentário a merecer destaque. É, também, de bin_tex (A Grande Fauna). Aqui fica:

“Caro Biranta, basta olhar para o DN, quantos Luís Delgado´s não existirão, nos jornais, por todo este país?
Jornais nacionais e não só. O grave problema de manipulação acontece também, e muito, na comunicação social regional, onde presidentes de câmaras e seus “outros que tais” controlam os jornais, por completo.
Conheci, directamente, alguns casos desses, no distrito de Santarém, mais propriamente no concelho de Ourém, a terra que alberga Fátima. A câmara municipal desde o 25 de Abril que está nas mãos do PSD, à excepção de uns mandatos ganhos pelo extinto Pdc. Você imagina, deve calcular, como a autarquia controla a comunicação social local e outras organizações.
Amigos bem sentiram na pele a censura…
Mas, por incrível que pareça, as pessoas continuam a votar no mesmo partido, resignadas, com medo, não sei bem.
Há dias, alguém dizia que "quando o PS ganhar as eleições em Ourém, vais acontecer o verdadeiro 25 de Abril neste concelho". Isto que se passa nesta terra, não é muito diferente do que se passa noutros concelhos por esse país fora. No distrito de Coimbra, por exemplo, basta ir a Góis, a Tábua ou outro concelho mais interior. Esta é, infelizmente, a realidade.
É de facto necessário um trabalho político efectivo. Quando falo nisso não me refiro aos partidos; a política, para mim, está em tudo: no que fazemos, no que pensamos, no que sentimos.
A política da participação directa do povo na vida da sua terra, do seu concelho, do seu país, deve ser DIRECTA, e não através de processos "esguios" que não levam a lado nenhum. Imagine-se que havia uma lei que dizia que só de 4 em 4 anos podíamos mudar a lâmpada da nossa sala ou do nosso escritório; ela podia até estar fundida e não funcionar, podia não dar luz nenhuma, mas nós, mesmo sem luz, tínhamos de esperar 4 anos para puder mudá-la…Não funcionava pois não?Como pode funcionar o país assim?"
Fim de transcrição!
Só que, neste caso, não tenho muito para acrescentar… Apenas dar o destaque que merece! Porque parece que, nestes casos, nem a Sra. de Fátima nos vale!
Tenho que reconhecer, no entanto, que, nestas "coisas" o PSD é muito mais arrivista do que o PS, por exemplo. O mal é que o PS nunca tem coragem para reparar os crimes sociais que os outros deixam feitos.
Chamo a atenção para “a minha tese”, já publicada noutros artigos, aqui, e que também está em “Neural Connection” “A solução”, de que a abstenção deve ser respeitada e que, no mínimo, o tempo de exercício dos eleitos deve ser proporcional à respectiva representatividade; isto é: à percentagem de votos, de entre o total dos eleitores.
Assim se, num mandato de cinco anos, um dado indivíduo representa, apenas 30% do eleitorado, deve permanecer só um ano e meio no cargo, findo o qual a sua continuidade terá de ser referendada (não se podendo recandidatar, se não obtiver o apoio da maioria). Em pouco tempo, acabava-se com esta bandalheira, garanto!
Repare que, esse princípio, já nos teria permitido resolver o problema deste Governo (e até o do Presidente). Já imaginou as vantagens que daí adviriam?
É só uma ideia (diferente), para lançar a discussão!

Semelhança entre ter um gato ou um partido!

Qual a semelhança entre ter um gato e ter um partido?
É que, tal como no caso do partido, você pensa que o gato é seu, mas ele (o gato) "pensa" que você apenas faz parte do "território" dele.
A diferença é que o que os gatos "pensam" não nos pode prejudicar a todos, ao contrário dos partidos.
É por isso que eu prefiro ter um gato!

2004/11/17

Jornalismo! O seu a seu dono!

Jornalismo. O seu a seu dono!
Há cerca de 10 dias (talvez mais) recebi um “e-mail” dum jornalista, dum matutino de Lisboa (não digo o nome porque, aqui, publicidade “de borla” é só para quem merece e enquanto merecer), pedindo informações acerca do artigo “As Confissões do Bibi (Casa Pia)”. Foi-me pedido, e enviei, o contacto de alguns dos subscritores do documento contido nesse artigo.
Este jornalista deu-se ao trabalho de contactar, telefonicamente, pelo menos uma das pessoas (a autora); fez-lhe umas quantas perguntas e marcou um encontro, para “ilustrar” o artigo. Julgo que quereria, para além de mais declarações, uma fotografia. Algum tempo depois (algumas dezenas de minutos, creio) de ter marcado o encontro, voltou a telefonar para dizer que o chefe, não lhe tinha aprovado a iniciativa, com uma série de pretextos, que foi descrevendo, até que a autora o dispensou de explicações, dizendo que não estava admirada. Os “pretextos” invocados, são falácias, desculpas esfarrapadas, de quem pensa que vai enganar o público, os cidadãos, eternamente. De facto, só evidenciam a culpa dolosa, destes “escribas”, quando optam por “noticiar” mentiras, como fizeram inúmeras vezes, durante o processo Casa Pia. Foram publicadas declarações de pessoas, que não têm a menor consistência e, nessa altura, não foi questionada a verdade, nem das declarações, nem dos fundamentos, nem dos sentimentos. Nem isso se justificava, porque essas supostas notícias, faziam parte duma campanha, com objectivos bem determinados, em que todos eles, como se vê, estavam implicados! Ao contrário, todos os cidadãos que se dirigem aos jornais, com factos, são menosprezados e ignorados, como sempre foram as denúncias relacionadas com a pedofilia, na Casa Pia, durante décadas.
Quem julgarão estes “escribas” que são? Pois fique sabendo que o seu jornal é um dos que eu não compro! Depois queixam-se de que as pessoas não lêem. Mas ler o quê? Se aquilo que eles escrevem não interessa a ninguém? Até é prejudicial a todos, em vez de ser útil, como devia!?
Vou contar outra história, que complementa esta.
No mês passado assisti, no pequeno auditório da “Culturgest”, à exibição dum documentário sobre um caso de pederastia, em Barcelona. O documentário tem a duração de 3 horas e apresenta, essencialmente, o que se passou no julgamento. Vale a pena ver e analisar este documentário, mas não vou fazê-lo aqui.
Depois do intervalo para almoço (imprescindível) seguiu-se um colóquio. Nele, uma certa jornalista que faz jus ao apelido, descontando o diminutivo, tentou “puxar a brasa à sua sardinha”, criticando a isenção do documentário, que deixava transparecer, claramente, a inocência dum dos condenados, porque, no julgamento, não se provou a sua culpa. É isso mesmo! No julgamento não ficou provada a culpa do homem que, todavia, foi condenado (pareceu-me que, apenas, por ser homossexual e devido à campanha dos jornalistas).
A certa altura, uma senhora que estava presente, decidiu “abanar a discussão” e levantar as questões candentes inerentes, quer ao caso contido no documentário, quer no caso português. A saber:
- A existência duma situação, objectiva, desde há longa data, que é conhecida e sobre a qual ninguém actua;
- A actuação da Comunicação Social que, lá como cá (mais cá do que lá) promoveu uma campanha difamatória, tendenciosa e mentirosa, acerca do caso, “impondo” o conceito de culpa dos arguidos, encobrindo outros nomes (quiçá mais implicados) e, lá, influenciando, decisivamente, a decisão do tribunal;
- Avaliar se os tribunais estão em condições de fazer justiça “e contribuir para melhorar a nossa vida” (sic), ou, pelo contrário, praticam injustiças e agravam as nossas condições sociais.
A estas questões, apressou-se a tal jornalista (a que faz jus ao apelido sem diminutivo) a “responder”, tentando, por um lado, “compreender a confusão da senhora” (que esta negou, de imediato); por outro lado desculpabilizando a actuação dos jornalistas porque, disse, “publicam aquilo que lhes levam ao conhecimento, não inventam notícias”. Vê-se, pelo exemplo aqui descrito, a ingenuidade, dos jornalistas! Esta jornalista também se “esforçou”, aliás como alguns dos outros presentes, bem conhecidos, para convencer as pessoas de que “devemos confiar na justiça”.
Quem é que confia na justiça, neste país? Os inquéritos (que situam essa confiança dos cidadãos portugueses, abaixo dos 10%) são bem explícitos, quanto a isso. Onde é que estes jornalistas vivem? Perguntas para quê, eles são uns ingénuos, uns anjinhos! Vê-se!
Mas a questão que eu queria colocar era: onde fica, como fica, onde se esconde o cidadão jornalista, que só pode noticiar o que o chefe deixa, apesar das suas opções de idoneidade social?
Apelo a que publiquem, na NET (em blog) estas suas histórias, que são obrigados a calar e solicito que me enviem o endereço. Isto tem de mudar!
Portanto, estamos conversados: a culpa de os jornais só darem notícias de idoneidade duvidosa, (quando não repugnante) não é dos jornalistas, mas é imposta pela censura interna, dos chefes! O seu a seu dono!

Comentários que Merecem Destaque!

Comentários que merecem destaque!
Às vezes é bom inverter as posições! É que “a gente” deve experimentar de tudo (socialmente falando, é claro; quanto ao resto, cada um que “coma” do que goste).
Aqui está um comentário, feito ao artigo “Atrasos na Justiça” que merece destaque, mesmo que eu não concorde com a conclusão!
Mas vamos ao comentário da autoria de "bin-tex" (A Grande Fauna).
“Das duas uma:
Ou se assume o atraso do país e vivemos como em alguns países africanos, por exemplo, sem “tretas” de organização europeia, sem falsos moralismos, sem “cenas” dessas, vivemos como de facto somos. Naturalmente.
Ou então, não sei bem!...
Mas que nada funciona neste país é bem verdade! Há corrupção por todo o lado! E não me venham falar em juízes! É tudo a mesma carneirada, como dizia o Zé Mário. O saneamento que devia ter havido em 74 nunca aconteceu! Hoje, e cada vez mais, sente-se esse peso pesado no nosso país, de alto a baixo.
Depois com governantes populistas como os que temos não ajuda nada.
E hoje nem o PS se salva, com o Sócrates…Onde estavam com a cabeça o Soares, o Rêgo e os outros, quando fundaram o PS, para anos mais tarde ser invadido por tipos destes?!...
No PC as coisas também não andam muito firmes. Esta saída do Carvalhas não me convence, ainda por cima depois do desaparecimento do Luis Sá e do João…
Resta o BE, onde a firmeza de valores parece manter-se em cima. Com um Louçã cheio de vigor e astúcia; basta ele dizer duas sílabas para pôr em polvorosa o PSD e o PP. Se pensarmos em todos os partidos, sem entrarmos em análises clubístico-partidárias, a única pessoa com perfil para, neste momento, “virar o país do avesso”, subverter completamente é, de facto, Louçã. Tenho pena que os portugueses assim não pensem.Vamos então continuar no marasmo, na política do faz de conta, onde nada funciona. Parece que estamos a viver uma peça de teatro!”
Fim de transcrição.
Agora é a minha vez de comentar.
Estou de acordo com as constatações de facto (é fácil), mas não com a conclusão!
Louça fala, e depois? Como dizia a minha avozinha: “falar é fácil e o mar é de água!”
É claro que o B.E. leva vantagem sobre os outros partidos nisso, porque entre os outros e os seus apoiantes, impera a cumplicidade do silêncio, sobre todas as coisas realmente importantes. Mantêm-se escândalos “escondidos”, de que toda a gente sabe e de que toda a gente fala, em particular, mas que são “segredo”, porque eles os silenciam, em todo o lado onde podem (felizmente que aqui “ainda” não)!
Louça fala, e depois? Fala, mas mesmo assim não “ultrapassa os limites” que a sua condição de “deputado” lhe impõe. E esses limites já deviam ter sido ultrapassados, há muito, para bem da democracia!
Aliás, a resposta do B.E., à minha missiva, que consta de artigo já arquivado, (constam, missiva e resposta, de dois artigos diferentes) com o título “Os Políticos que nos (não) Representam” é bem elucidativa do quanto, este partido, perante a democracia e os interesses da população, em alternativa à continuidade da situação actual, prefere a segunda opção (prefere a continuidade da situação actual)!
O B.E. fala, mas, quando se trata de resolver problemas reais, resolve os seus (e nem isso, como se viu, aquando do incidente em Espanha), mas continua a falar! Pouco, como se verá, a seguir.
Aliás, o B.E., tal como os restantes partidos, cala (consente), na actual vigarice que deu o poder aos “Governantes populistas, como os que temos, que não ajudam nada”. Relembro o que já disse, várias vezes, neste “blog”: o governo foi eleito com, apenas 30% dos votos nas legislativas; e foi “confirmado” com, apenas, 12,95% dos votos, nas Europeias. Já ouviram algum partido falar disso? Nem o B.E., apesar de toda a sua “coragem”. Por isso eu digo: eles também não ultrapassam “os limites” que se impõe ultrapassar. Todos lhes chamam “maioria” (mas que maioria?); todos os aceitam e “promovem” como maioria. Aldrabões! Vigaristas!
Há uma série de factos escabrosos, conhecidos de todos, que indiciam claramente que, quem realmente nos governa, são máfias criminosas, que mandam nos políticos (que incluem políticos?). É exemplo, o facto de Paulo Portas ter sido referenciado, há muito, como “Catherine Deneuve”, no Processo “Casa Pia”, facto de que toda a gente tem conhecimento. Facto que evidencia que, no mínimo, ele está sob chantagem, a cumprir ordens de quem o “tem na mão”. As atitudes do Procurador, nesse processo, devem-se ao facto de o cunhado estar implicado. O tal caso do sequestro, no Parque, apresentado como “sequestro”, mas que o sequestrador desmente, dizendo que foi aliciado.
Toda a gente sabe! O que faz o B.E.? Cala, como todos os outros!
Pois eu digo que está aqui, nesta criminalidade institucionalizada (que inclui tráfico de droga), na protecção, institucionalizada, deste tipo de criminalidade, a principal origem de todos os nossos males! Como não podia deixar de ser! Governado por criminalidade nenhum país prospera ou é feliz!
Pois eu digo que nenhum cidadão honesto, seja de esquerda ou de direita, tem o desplante de concordar com isto! Mas os partidos têm esse desplante. Todos calam, todos consentem, incluindo o B.E., apesar de toda a sua coragem.
Por isso eu digo: eles (B.E.) também não ultrapassam os limites, que já deviam ter sido ultrapassados há muito tempo, para bem de todos nós e da democracia!
Por mim está aberta a discussão. Peço é que tenham em conta que a resolução destes nossos problemas é para ontem. Que a nossa sociedade não pode estar à espera que o B.E. chegue ao poder (coisa que eu, de todo, não quero). Que a população não vê, nem nunca verá, com bons olhos, qualquer político que, tendo um cargo pago pelo estado, se cale perante estes escândalos, que estão na base do descalabro a que chegou a nossa sociedade.
Ninguém pode reivindicar honestidade que não evidencia nos seus actos. E isto, denunciar estas coisas, está ao alcance de todos. Pois se até eu o faço…
O que eu quero é democracia! A sério! Honestidade, como convém à maioria da população! Eficiência, como é urgente para resolver os problemas da maioria da população! Com a maioria da população que, sem sombra de dúvidas, é mobilizável (e generosa), por estes objectivos! (Mas não é mobilizável por qualquer partido)
Políticos honestos, PRECISAM-SE!

2004/11/16

Atrasos na Justiça!

Atrasos na “Justiça”!
Aqui num prédio, perto de mim, existe um problema que é comum a muitos outros prédios: os donos da loja recusam-se a pagar quotas de condomínio, argumentando que têm entrada próprio e não utilizam a escada. (Na verdade, neste caso, têm entrada própria e entrada pela escada, têm caixa de correio na escada e usam a escada como o outro rés-do-chão usa... e o outro rés-do-chão paga uma quota de condomínio normal)

Cansados destes argumentos falaciosos, os restantes decidiram recorrer à justiça, para dirimir a questão da existência, ou não, da respectiva obrigatoriedade. Fizeram-no, depois de esgotarem toda a sua capacidade de argumentação, para demonstrarem o absurdo dos “pretextos”, da outra parte.
A acção decorreu no Julgado de Paz de Lisboa e a sentença esclarece que a loja tem obrigação de pagar quotas de condomínio. Mas não seria este um processo judicial, se não tivesse uma história, escabrosa! Dizem estes vizinhos que a loja pertence, actualmente, devida a “herança por óbito”, a um agregado familiar, onde se inclui uma juíza. Dizem, também, que esta juíza terá feito a contestação do referido processo, que é um “monumento” de má-fé, evidente! Dizem que a mãe da juíza, que representou todos os devedores, no julgamento, terá dito isso mesmo ao juiz (que a contestação era de autoria da filha, que é juíza)! Dizem que, talvez por causa disso, o juiz decidiu (avaliando erradamente as prescrições aplicáveis, invocadas pela juíza), reduzir a dívida para cerca de metade do que era realmente devido!
Ainda assim, no final disto tudo, o condomínio decidiu aceitar, e aplicar com rigor, a sentença, esperando que a outra parte, assim tão claramente beneficiada, fizesse o mesmo. Pura ilusão! A senhora Dra. Juíza decidiu levar a (exploração das prerrogativas da) má-fé até ao ponto de não cumprir esta decisão do Julgado de Paz, nem dar qualquer resposta aos contactos e missivas dos restantes condóminos, argumentando que, no seu entender e no de muitos juízes, os Julgados de Paz são uma treta cujas sentenças não têm importância. Além disso, Segundo pude apurar,  a Sra. Dra. Juíza decidiu não cumprir a sentença porque achou que, para executar a sentença, seria necessário que o condomínio pagasse, caríssimo, a um advogado. Isto mesmo terá sido “reconhecido” pela sua mãe, em conversa ameaçadora, com a administração do prédio (terá mesmo garantido que a Sra. Juíza moveria influências para que o processo de execução nunca se concluísse). Como o condomínio não tem dinheiro para pagar advogados, terão achado que isso lhes garantiria impunidade!
Enganou-se a Sra. Dra. Juíza, porque a acção de execução já deu entrada, sem ser necessária a intervenção de causídico! Mas, imagine-se, as execuções estão atrasadas mais de um ano, porque os processos são muitos!
Há um conjunto de reflexões que se impõem:
- Admite-se que um juiz, qualquer que ele seja, não cumpra uma sentença, fazendo com que resultem mais processos, escusados, a obstruir os tribunais e a justiça, a agravar as demoras e os atrasos? Só nesta República das Palmeiras Estéreis!
- Que tipo de justiça e de sentenças se podem esperar duma pessoa que procede assim, nos seus assuntos familiares e pessoais? Só neste país é que se admite que pessoas assim sejam juízes!
É perante este tipo de situações que eu compreendo a D. Eugénia, quando a ouço dizer que, se a nossa Justiça fosse idónea, mais de 60% dos processos resolviam-se por comum acordo, ou nunca chegariam aos tribunais! Então não era tão fácil resolver um caso destes? Quem está interessado nesta bandalheira e nos atrasos da Justiça? Na enorme quantidade e confusão e de processos? Quem é que nos quer baralhar a todos? A quem servem estas nossas dificuldades? Só a criminosos, certamente!

Faz-me lembrar um episódio que vive, há anos: quando saía duma praceta, a cerca de um quilómetro do limite urbano de Lisboa, apareceu-me um carro, vindo duma rua estreita, à minha direita. Quando o vi, já estava quase em cima de mim, a toda a velocidade possível. Parei, mas ele não fez o mesmo; só parou depois de bater! Depois percebi porquê! O homem era “bate-chapa”! E logo me contou uma história doutra pessoa (culta), que conhecera em circunstâncias idênticas e que passou a lhe encaminhar carros acidentados. Ele fazia um orçamento para a Companhia, levava um preço mais baixo e a diferença era dividida pelos dois.
Não admira; quando os juízes dão exemplos como o que descrevo (caso real, que comprovei em diversas fases); e são “autorizados” a fazê-lo; isto é: ficam impunes, apesar de tudo!

Uma dessas pessoas pertencente ao condomínio do prédio da loja da juíza disse-me que vai fazer participação ao Conselho Superior da Magistratura. Acho bem, porque é isso que tem de ser feito! Mas tenho que reconhecer (e já o fiz) que essa pessoa se arrisca a ser processada e “punida”, como acontece sempre, neste tipo de casos, que é a única coisa que aquela Corporação faz: punir os queixosos e nunca os juízes!
E isto tem alguma coisa que ver com Democracia? Sou eu que tenho que me indignar? Não! O Parlamento é que foi eleito (e é pago a peso de ouro), para garantir a Democracia! Pois façam a sua obrigação!
Segundo diz Almeida Santos: “a Democracia é luxo, que se paga caro!”. Então porque é que nós pagamos caríssimo “o serviço” e mesmo assim não temos direito a ele? Para que servem os deputados e o dinheiro que se gasta com eles?
De facto a nossa vida pública e social é uma sucessão interminável de episódios escabrosos! Enquanto não se puser termo a isto, não vamos a lado nenhum! Não podemos evoluir, nem ser felizes!

Actualização importante em 22 de Novembro de 2009

Actualização importante:


A execução de que o texto fala NUNCA se concretizou; o condomínio referido NUNCA recebeu as quantias devidas pela família da juíza... porque, dizem, a juíza moveu as suas influências para travar a execução pedida pelo condomínio em conformidade com as regras aplicáveis...
Não foi feita qualquer participação ao Conselho Superior da Magistratura, por receio de represálias...

É Obra!

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

2004/11/15

Entrevista para Emprego!

E vai mais um. Isto hoje promete! Este comentário também estava no www.bde.weblog.com.pt, assinado pela Sónia. Ora, uma coisas destas não pode "sair de cena" assim com facilidade; por isso, aqui fica!
Há já alguns anos (+/-7), durante uma entrevista para um emprego, o senhor que me fazia o interrogatório a dado momento disparou a pergunta, "a senhora está a pensar em ter filhos?" Fiquei calada durante uns momentos, a voz teimava em não sair, até que lhe respondi que não podia ter filhos. O senhor esboçou um largo sorriso e eu fiquei siderada por ter revelado a um gajo que não conhecia de lado nenhum uma parte importante da minha vida pessoal, senti-me violentada e com vontade de lhe espetar um murro nas ventas, abrir-lhe a berguilha e cortar-lhe os tomates. Fiquei com a m. do emprego, agora trabalho por conta própria. A minha solidariedade para consigo Margarida.
Fim de transcrição!
E ainda as pessoas me estranham, por eu dizer que a nossa vida pública e social é um "desfiar" contínuo de factos tenebrosos!
Porém, tudo isto é inconstitucional. Quem se preocupa com isso? Não falo das pessoas, dos anónimos, esses eu sei que se preocupam, (mas ninguém nos ouve, ninguém liga) falo dos políticos, dos responsáveis, das autoridades.
São problemas insolúveis? Mentira! É com estas patranhas que eles nos enganam e nos mantêm nesta situação calamitosa! Se são incompetentes, demitam-se!

25 de Abril. Antes? ou Depois?

25 de Abril! Antes? Ou Depois?
No artigo “Que Justiça? Que dignidade nos resta?” já arquivado, o, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., diz, no seu poema: “Cansado de enganosas liberdades / O povo chega a ter francas saudades / Dum passado modesto e respeitoso;”. Ninguém lhe pode levar a mal por isso. Afinal de contas, no “passado”, apesar de modesto, não o meteram na cadeia, por mais de sete anos, inocente (sem que algo se possa ter provado, contra ele); e não insistiram em mantê-lo preso, apesar de todas as evidências, contra as mais elementares regras do bom-senso, da democracia, de qualquer Estado de Direito. Isto diz respeito a todos os políticos e todos assobiam e “viram a cara para o lado”. Quando se trata desta protecção, absurda, da criminalidade institucionalizada, todos concordam, com ela e entre si. Acabam-se as “fronteiras” entre a “esquerda” e a “direita”. São todos iguais.
Por causa disto, é cada vez mais frequente ouvirmos as pessoas dizerem que: “o que faz falta é outro “Salazar”; agora não há respeito, nem vergonha, nem justiça, nem competência, (por causa da democracia)”!
Quando isto acontece, em público, há sempre muita gente que concorda (demasiada gente, para meu gosto); excepto quando a D. Eugénia está presente! Para mim, que sou mais de escrever, é um alívio.
A D. Eugénia começa por concordar com o comentário, para especificar: “De facto, antes do 25 de Abril, éramos governados por uma ditadura. Uma ditadura tem princípios! “Bons” ou maus, depende dos gostos; eu não gosto! Mas são princípios. Agora, somos governados por criminosos: máfias do tráfico de droga, corrupção, etc. Criminosos não têm princípios; tanto são de “esquerda” como de “direita”; tanto são da extrema-esquerda, como da extrema-direita. Em qualquer caso estão sempre dispostos a cometer os mais repugnantes crimes, para protegerem os “seus negócios”. Só que isso não é democracia; é criminalidade institucionalizada, a que nenhum político quer pôr cobro (nem sequer ouvir falar). É por isso que estamos nesta situação aberrante e tenebrosa”.
Como eu a compreendo D. Eugénia. Também nas vésperas do 25 de Abril, deste ano, no fórum da TSF, de manhã, uma senhora terminou a sua intervenção dizendo: “… o que se prepara é pior do que o que tínhamos antes. Antes tínhamos uma ditadura; ditaduras têm princípios; mas o que se prepara é sermos governados por criminosos; criminosos não têm princípios, o que é bem pior!”
Haverá melhor forma de destruir a democracia?
E eu que julgava ter o monopólio desta teoria e desta explicação para a nossa degradante situação política, económica e social! Por este caminho, não há dúvida de que vamos, a pique, para o abismo. Quem nos acode?

2004/11/14

MANIFESTAÇÃO, dia 27, sábado, às 11 horas!

Aqui fica reproduzida a nova convocatória da Manifestação, que chegou ao meu "e-mail"

Caros Cidadãos Portugueses 13/11/2004

Tem circulado pela internet nesta semana uma mensagem pedindo que os cidadãos agendem uma manifestação de repúdio, em protesto contra o estado a que chegou o nosso país em termos económicos e sociais (e políticos).

Esta manifestação será em frente à residência oficial do Presidente da República Jorge Sampaio, no dia 27/11/2004, Sábado, as 11:00 hs da manhã, em Belém - Lisboa.

É solicitado que levem lenços brancos e um kg de farinha de trigo.

O lenço branco é para acenar ao Sr. Sampaio, e lhe dizer para se ir embora para a reforma, juntamente com o actual Primeiro-Ministro Santana Lopes, o mais breve possivel.

O uso da farinha branca é deixado ao critério de cada um que for à manifestação de repúdio.

Pode dar jeito em algum momento mais quente da manifestação, quem sabe ?????

Os que forem poderão ter as (suas próprias) mais variadas razões :

- contra as portagens nas sctus.
- pelo actual desrespeito nos gastos dos nossos impostos.
- contra portagens para entramos nas cidades.
- por questões pessoais, reflexo da situação caótica do País.
- por questões politicas.
- por questões de ordem moral.
- pela perda de soberania sobre o nosso mar para os espanhois (ou para a UE).
- pela esmola ultrajante que o presidente sampaio recebeu do rei de espanha - 90.000 euros, por ter ajudado a vender Portugal.
- pelo gasto em armas no valor de tres bilhões de euros, quando esta fortuna é necessária para resolver problemas essenciais da nossa sociedade, com muito maior prioridade social e económica.
- etc, etc, etc, etc ......................................

Mas numa coisa estaremos todos unidos: a falta de esperança que todos estamos a sentir nos nossos governantes e políticos, desta geração.

Do jeito que estamos é insustentável !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cada um aja de acordo com sua consciência !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Divulgue esta mensagem se estiver de acordo. Covoque a manifestação por SMS.

Vemo-nos dia 27/11/2004 (sábado), as 11:00 hs.

Cumprimentos democráticos a todos.
Por um Portugal habitável (Como todos merecemos)!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

2004/11/12

O Cúmulo do Absurdo!

O Cúmulo do absurdo é: O Processo "Casa Pia"!
A propósito gostaria de perguntar, claramente (porque já me referi a esta questão):
- Onde está, quem fez, o que contém, a queixa, ou denúncia, ou participação, ou constatação de factos, que deu origem ao Processo. (Porque deve existir, tal documento, não? Ou isto é a "casa da Mariquinhas"?)
- Como estão, quantos (e quais) são, quem investiga, porquê o silencio acerca de, os processos iniciados pelos factos escabrosos, denunciados, participados, objecto de queixa, ou de constatações de facto, decorrentes deste processo?
É só para ver se "a gente" consegue arrumar as ideais e saber em que tipo de sociedade é que vivemos, com que regras e com que leis!
Já acabei de ler o livro de Carlos Cruz. Esclarecedor, sem dúvida! Contém uma série de factos a requerer a atenção (e a merecer a preocupação) de todos nós.
Por hoje é tudo, porque o meu computador avariou e estou a ocupar espaço alheio!


2004/11/10

Dar Emprego a....

Dar Emprego a: …
Acerca da “primeira página” de alguns “blogs”, de ontem (não me perguntem quais, porque ando de uns para outros e, no final, já não sei o que é que estava onde), fui aos meus apontamentos, de há mais de 11 anos, mais precisamente do dia 12/02/1993 e encontrei a seguinte expressão, que cabe aqui como uma luva:
“Será possível? Um atrasado mental daqueles!? Lá que Deus, por estar distraído, aproveite qualquer anormal destes, para gente, ainda se desculpa, porque são muitos e o “controle de qualidade” pode falhar; mas que estes inconscientes, escolhendo-os um a um, aproveitem qualquer imbecil, para cargos de responsabilidade, é que não é tolerável. Tanto mais que quem tem que os aturar depois, a fazer toda a espécie de disparates e a prejudicar toda a gente, somos nós, cidadãos, trabalhadores e consumidores.”
É claro que esta frase não dizia respeito a nenhum “alto funcionário da Defesa” de hoje, assessor do Dr. Paulo Portas, que nem sequer sonhava com o cargo. O que só demonstra que, entretanto, nada melhorou, nada evolui, neste País. Continuamos a viver, todos os dias, uma vida pública repleta de episódios escabrosos! O melhor de tudo é que ninguém é culpado de nada. É tudo muito legítimo, muito normal. Faz parte do “bom funcionamento” das instituições, a requerer a mais acérrima “solidariedade institucional”. O que quer dizer que a maioria da população, que se indigna e revolta com tudo isto, é que vive na ilegitimidade!? Até quando, meu Deus! (ou, melhor dizendo, meus companheiros de luta, se os houver!)
Preocupante não é? Quando será que aparece alguém “solidário” connosco e com o País?
P.S.: se não me engano, a “primeira página” era de: http://pedemeias.blogspot.com/; ou seria adufe? Ou seria afixe? Acho que não era no BDE. Mas quem se sentir injustiçado que reclame! Aqui as reclamações são bem vindas, porque poupam trabalho!

2004/11/09

A Lei do Aborto! (Um aborto de lei)

A Lei do Aborto!
Aí está outro tema que tenho evitado. É que há temas que enojam, não pelo que são, mas pela foram como são tratados e discutidos. Nisto, como em muitas outras coisas, é apenas uma questão de”ter as ideias arrumadas”!
Além disso eu não gosto de discutir os temas que “estão na moda”. É cá uma mania minha! Toda a gente tem o direito de ter manias (e defeitos, também)!
Mas vamos ao que interessa, porque senão, começo a perceber porque é que este “blog” “não tem vocação” para mensagens curtas.
Há dias, toda a gente se lembra, este tema (o do aborto) voltou à actualidade, porque uma jovem foi julgada, devido a denúncia dum enfermeiro do Hospital. Por mero acaso, mas apenas por mero acaso, o processo foi julgado pela juíza Conceição Oliveira que entendeu “absolver a jovem por falta de provas”! Aplaudi, mas a minha preocupação não diminuiu, porque uma questão tão grave não pode ficar dependente do famigerado “entendimento do juiz”. Neste caso foi a juíza Conceição Oliveira que, com todo o civismo e bom senso, com toda a dignidade, decidiu como se impunha (aliás, como foi pedido, também, pelo digníssimo delegado do Ministério Público). E se fosse um juiz estilo “Botas cardadas” (ou lá como essas aberrações se chamam)? E se fosse um delegado do ministério público daqueles que nos aviltam todos os dias? Será que o, já referido, famigerado “entendimento do juiz”, não teria ditado outra sentença? Não sei, fico com as minhas dúvidas! Talvez não num caso como este, em que a opinião pública se faz ouvir, quase em uníssono, no mesmo sentido. Mas, nesse caso: Atenção “opinião pública”, porque há muitos outros casos e situações escandalosos a requerer igual tratamento! É por isso que me esforço tanto, para ver se alguém entende “os meandros destas coisas”!
Em vista daquela, digna, decisão, deste tribunal, duas perguntas se impõem:
- Se a pressão da opinião pública começa a fazer antever o desfecho deste tipo de casos (esperemos que assim seja), para quê receber e tratar (processar) este tipo de queixas e estas pessoas? É que há sempre marcas que ficam; há contratempos e prejuízos que são irreparáveis. As visadas são sempre molestadas (sem qualquer justificação);
- E o tempo e recursos que se desperdiçam com estes processos inúteis e prejudiciais? A justiça não tem outras tarefas socialmente importantes e urgentes? Para quê desviar recursos para coisas inúteis e prejudiciais? É que eu acho que nunca é possível provar este tipo de “crime”, sem se molestarem as respectivas pessoas, muito para além do que é legítimo.
A resposta, lógica, a estas questões é simples: então, altere-se a lei e acabe-se com esta palhaçada! Ah! É isso mesmo! O que pretendo demonstrar é que a lei do aborto é ilegítima e absurda. É um abuso de poder inquisitorial!
Como todos sabem, a lei foi referendada e “ratificada” por uma ínfima minoria de cidadãos. O que faz dela, imediatamente, uma lei ilegítima. O que quero dizer é que, uma lei assim, aprovada por tão pouca gente, passa a ser uma lei que reflecte, apenas, os preconceitos, as convicções morais e os preceitos religiosos, “professados” por essa minoria. Ora, este tipo de coisas não podem ser objecto de lei, numa sociedade que se diz democrática. Porque a lei, numa sociedade assim, não se destina a “impor conceitos morais e religiosos”, mas sim a punir actos prejudiciais à sociedade, como um todo. O resultado daquele referendo, o que diz, claramente, é que a maioria da população acha que isso é assunto particular, das pessoas envolvidas, que não afecta a sociedade.
Portanto, a conclusão lógica (nem é preciso mais referendos) é que a lei é ilegítima, porque serve apenas os “interesses” particulares duma escassa minoria. Mas eu não me oponho ao referendo (agora) porque, também nestas coisas, a democracia aprende-se a praticar praticando-se e as pessoas acabam sempre por perceber o que têm que fazer!
Mas, neste país, os políticos têm a mania de só perguntarem a nossa opinião acerca de coisas que não interessam à generalidade dos cidadãos, nem preocupam a generalidade dos cidadãos. O próximo é o referendo sobre a Constituição Europeia (com tantos problemas que o país tem, por resolver, há-de ser um resultado bonito).
Aquilo que deviam perguntar ao povo, não perguntam. Como por exemplo sobre a continuidade do governo; sobre a constituição e método de eleição do parlamento; sobre os vencimentos e regalias dos políticos; sobre penas e prazos de prescrição para crimes graves, como o tráfico de droga; etc. etc. etc. Isso eles não nos perguntam. Perguntem e vamos ver as respostas e participação, para verem como eu tenho razão!
A propósito disto (em tom coloquial) queria contar-vos mais uma história da D. Eugénia.
Este fim de semana, fui à pastelaria e lá estava ela em grande conversa com um senhor daqui da vizinhança. Ao que pude apurar, tudo começou porque o outro e o dono do estabelecimento, estariam a conversar sobre (a importância do) contrabando.
A certa altura o sr. Disse, a propósito de eleições e referendos:
- “Pois, o problema é levar as pessoas a ir lá” (votar). Resposta pronta da D. Eugénia:
- “Mas o facto de as pessoas não votarem, não legitima as decisões; o que legitima é o voto expresso. Se eles não conseguem os votos o defeito é deles. Quando os políticos perceberem e assumirem isso, os nossos problemas começam a resolver-se. Por mim não dou qualquer tolerância a essas coisas. Quem é incompetente, rua!”
Como eu a compreendo, D. Eugénia!
E a conversa continuou, com a D. Eugénia a referir, exactamente, o referendo acerca do aborto, como exemplo. Aí o sr. Disse:
- “A propósito deixe-me contar-lhe uma história elucidativa: uma pessoa da minha família recebeu a visita duma senhora, de Braga, que veio “passar uns dias”. Pareceu-me estranho e, quando perguntei porquê, foi-me dito, em segredo, que vinha fazer uma aborto. Estranhei que viesse de Braga a Lisboa, para fazer um aborto; e então explicaram-me que a dita senhora pertence a uma organização religiosa, que é contra o aborto; e por isso não podia fazê-lo lá perto”.
Tanto cinismo e hipocrisia! Isto ilustra bem a falta de pudor da sociedade em que vivemos! Julgo que, para aquela senhora, não deve fazer qualquer diferença, porque depois confessa-se e fica tudo bem. O que ela tem é que “salvar” as almas dos “pecadores”, mandando-os para o inferno das cadeias, em vida, para que eles possam ganhar o céu. Se esta gente guardasse esse céu para eles e nos deixassem em paz!

Notícias do Inferno! P.s.

P.s.
No artigo sobre as prisões, esqueci-me de perguntar pelo caso da Joana; e quando é que acaba aquela infâmia (mais uma, à vista de todos) sobre os respectivos familiares.
Eu nem quero escrever a leitura, tenebrosa, que faço das evidência; isto é: dos factos conhecidos. Mas o que é que se pode pensar perante uma realidade, a nossa, que é, toda ele, tenebrosa?
É aqui, é nestes factos tenebrosos, do dia a dia, que se encontram as verdadeiras raizes da nossa situação de calamidade social e económica. É aqui que há que actuar; e a isto, toda a gente vira as costas!
Ninguém pense que se pode ser feliz (e progredir) numa sociedade que consinta em tais infâmias!

2004/11/08

Pensamento(s) do dia!

Pensamento(s) do dia!
Este “blog” não tem vocação para mensagens curtas. Não sei porquê, mas está provado que não tem!
Nem hoje é dia da mulher, nem nada!
Mas como eu adoro violar todas as regras tolas, aqui vão os pensamentos do dia:
- A pior forma de machismo é os homens escolherem o que há de pior entre as mulheres, para todo e qualquer cargo de responsabilidade! (Com tanta super-mulher, tanta heroína, por aí!)
Vejam-se os casos de Celeste Cardona, Manuela Ferreira Leite; Catalina Pestana; a directora da prisão da Carregueira, e por aí fora.
- A pior forma de racismo consiste em deixar impunes os crimes cometidos pelos indivíduos da respectiva raça. É assim que se acicatam os mais profundos ódios, de maneira eficaz.
- A melhor forma de destruir a democracia é permitir a bandalheira, actual, que se vive em Portugal; é generalizar a irresponsabilização, como acontece cá! Quem falha tem de ser punido e/ou, no mínimo, corrido! Doutro modo não há democracia que resista, porque estes, os incompetentes, bloqueiam os caminhos para se encontrarem as pessoas adequadas a cada função!
E pronto, afinal foi fácil!

Na política, nada de novo!

Na política nada de novo!
Os que, como eu, têm ideias claras do que é necessário (e urgente) fazer, para resolver os nossos problemas e também para devolver a confiança e esperança, às pessoas, estão sempre atentos aos discursos e declarações dos políticos, à espere que se “faça luz”! Que apareça alguém a dizer algo de diferente; a evidenciar ser capaz de fazer algo de diferente; de fazer o que é correcto e necessário.
Claro que estamos muito atentos às declarações dos dirigentes do PS, por motivos óbvios. É um desespero! Na política nada de novo. As declarações de José Sócrates resumem-se às costumeiras generalidades (para não dizer baboseiras), já ouvidas centenas de vezes. Para resolver os problemas do País, propõe, como já foi dito tantas vezes antes, fomentar a formação e a inovação, como forma de melhorar a produtividade; e promover o investimento. Grandes “medidas”! Vê-se logo que são completamente diferentes da “conversa” que temos ouvido aos actuais e anteriores governantes, que, todavia, nada fizeram do que é necessário fazer! Quanto a medidas concretas, para resolver os nossos problemas concretos, zero, como sempre. Como sempre fez o PS!
Não admira que este partido se esforce tanto para que o governo cumpra o mandato até ao fim, contra a opinião da esmagadora maioria da população e apesar da destruição que isso implica. É que eles também não têm nada, de diferente, para oferecer. Não tencionam fazer o que quer que seja de diferente.
Sócrates foi uma boa escolha, do PS? Para o PS, não sei nem me interessa! Para o país não presta! Por isso eu insisto tanto em que se respeite a opinião (e o querer) dos que não votam. Cada vez me convenço mais de que é esse o melhor (e mais seguro) caminho, para resolver, de vez, os nossos problemas.
Quanto a medidas concretas, “a gente” podia ensinar-vos alguma coisa de útil, se as condições o permitissem!
Políticos honestos, precisam-se!