2004/11/17

Comentários que Merecem Destaque!

Comentários que merecem destaque!
Às vezes é bom inverter as posições! É que “a gente” deve experimentar de tudo (socialmente falando, é claro; quanto ao resto, cada um que “coma” do que goste).
Aqui está um comentário, feito ao artigo “Atrasos na Justiça” que merece destaque, mesmo que eu não concorde com a conclusão!
Mas vamos ao comentário da autoria de "bin-tex" (A Grande Fauna).
“Das duas uma:
Ou se assume o atraso do país e vivemos como em alguns países africanos, por exemplo, sem “tretas” de organização europeia, sem falsos moralismos, sem “cenas” dessas, vivemos como de facto somos. Naturalmente.
Ou então, não sei bem!...
Mas que nada funciona neste país é bem verdade! Há corrupção por todo o lado! E não me venham falar em juízes! É tudo a mesma carneirada, como dizia o Zé Mário. O saneamento que devia ter havido em 74 nunca aconteceu! Hoje, e cada vez mais, sente-se esse peso pesado no nosso país, de alto a baixo.
Depois com governantes populistas como os que temos não ajuda nada.
E hoje nem o PS se salva, com o Sócrates…Onde estavam com a cabeça o Soares, o Rêgo e os outros, quando fundaram o PS, para anos mais tarde ser invadido por tipos destes?!...
No PC as coisas também não andam muito firmes. Esta saída do Carvalhas não me convence, ainda por cima depois do desaparecimento do Luis Sá e do João…
Resta o BE, onde a firmeza de valores parece manter-se em cima. Com um Louçã cheio de vigor e astúcia; basta ele dizer duas sílabas para pôr em polvorosa o PSD e o PP. Se pensarmos em todos os partidos, sem entrarmos em análises clubístico-partidárias, a única pessoa com perfil para, neste momento, “virar o país do avesso”, subverter completamente é, de facto, Louçã. Tenho pena que os portugueses assim não pensem.Vamos então continuar no marasmo, na política do faz de conta, onde nada funciona. Parece que estamos a viver uma peça de teatro!”
Fim de transcrição.
Agora é a minha vez de comentar.
Estou de acordo com as constatações de facto (é fácil), mas não com a conclusão!
Louça fala, e depois? Como dizia a minha avozinha: “falar é fácil e o mar é de água!”
É claro que o B.E. leva vantagem sobre os outros partidos nisso, porque entre os outros e os seus apoiantes, impera a cumplicidade do silêncio, sobre todas as coisas realmente importantes. Mantêm-se escândalos “escondidos”, de que toda a gente sabe e de que toda a gente fala, em particular, mas que são “segredo”, porque eles os silenciam, em todo o lado onde podem (felizmente que aqui “ainda” não)!
Louça fala, e depois? Fala, mas mesmo assim não “ultrapassa os limites” que a sua condição de “deputado” lhe impõe. E esses limites já deviam ter sido ultrapassados, há muito, para bem da democracia!
Aliás, a resposta do B.E., à minha missiva, que consta de artigo já arquivado, (constam, missiva e resposta, de dois artigos diferentes) com o título “Os Políticos que nos (não) Representam” é bem elucidativa do quanto, este partido, perante a democracia e os interesses da população, em alternativa à continuidade da situação actual, prefere a segunda opção (prefere a continuidade da situação actual)!
O B.E. fala, mas, quando se trata de resolver problemas reais, resolve os seus (e nem isso, como se viu, aquando do incidente em Espanha), mas continua a falar! Pouco, como se verá, a seguir.
Aliás, o B.E., tal como os restantes partidos, cala (consente), na actual vigarice que deu o poder aos “Governantes populistas, como os que temos, que não ajudam nada”. Relembro o que já disse, várias vezes, neste “blog”: o governo foi eleito com, apenas 30% dos votos nas legislativas; e foi “confirmado” com, apenas, 12,95% dos votos, nas Europeias. Já ouviram algum partido falar disso? Nem o B.E., apesar de toda a sua “coragem”. Por isso eu digo: eles também não ultrapassam “os limites” que se impõe ultrapassar. Todos lhes chamam “maioria” (mas que maioria?); todos os aceitam e “promovem” como maioria. Aldrabões! Vigaristas!
Há uma série de factos escabrosos, conhecidos de todos, que indiciam claramente que, quem realmente nos governa, são máfias criminosas, que mandam nos políticos (que incluem políticos?). É exemplo, o facto de Paulo Portas ter sido referenciado, há muito, como “Catherine Deneuve”, no Processo “Casa Pia”, facto de que toda a gente tem conhecimento. Facto que evidencia que, no mínimo, ele está sob chantagem, a cumprir ordens de quem o “tem na mão”. As atitudes do Procurador, nesse processo, devem-se ao facto de o cunhado estar implicado. O tal caso do sequestro, no Parque, apresentado como “sequestro”, mas que o sequestrador desmente, dizendo que foi aliciado.
Toda a gente sabe! O que faz o B.E.? Cala, como todos os outros!
Pois eu digo que está aqui, nesta criminalidade institucionalizada (que inclui tráfico de droga), na protecção, institucionalizada, deste tipo de criminalidade, a principal origem de todos os nossos males! Como não podia deixar de ser! Governado por criminalidade nenhum país prospera ou é feliz!
Pois eu digo que nenhum cidadão honesto, seja de esquerda ou de direita, tem o desplante de concordar com isto! Mas os partidos têm esse desplante. Todos calam, todos consentem, incluindo o B.E., apesar de toda a sua coragem.
Por isso eu digo: eles (B.E.) também não ultrapassam os limites, que já deviam ter sido ultrapassados há muito tempo, para bem de todos nós e da democracia!
Por mim está aberta a discussão. Peço é que tenham em conta que a resolução destes nossos problemas é para ontem. Que a nossa sociedade não pode estar à espera que o B.E. chegue ao poder (coisa que eu, de todo, não quero). Que a população não vê, nem nunca verá, com bons olhos, qualquer político que, tendo um cargo pago pelo estado, se cale perante estes escândalos, que estão na base do descalabro a que chegou a nossa sociedade.
Ninguém pode reivindicar honestidade que não evidencia nos seus actos. E isto, denunciar estas coisas, está ao alcance de todos. Pois se até eu o faço…
O que eu quero é democracia! A sério! Honestidade, como convém à maioria da população! Eficiência, como é urgente para resolver os problemas da maioria da população! Com a maioria da população que, sem sombra de dúvidas, é mobilizável (e generosa), por estes objectivos! (Mas não é mobilizável por qualquer partido)
Políticos honestos, PRECISAM-SE!