2005/02/01

Uma certa campanha NAZI (2)!

O último "acontecimento" da "nossa" política tem aspectos deveras curiosos.
Santana Lopes jantou (ou fez um comício, ou lá o que foi) com mulheres (muitas mulheres) e, à saída, quando lhe perguntaram se gostou "do carinho", respondeu qualquer coisa como: "são sempre bons estes colos; outros candidatos tiveram outro tipo de aconchegos". Não sei dizer se terá sido bem assim, mas foi parecido.
E, pasme-se, uma coisa que parecia, ao autor, tão trivial, transformou-se numa tempestade, a merecer desmentidos. Santana Lopes diz que apenas pretendeu fazer referência a apoios recebidos pelos outros candidatos, (e eu acredito nele, porque não tenho motivo para duvidar; não gosto da política do homem, mas nem por isso me sinto no direito de lhe imputar coisas que não faz, ou culpas que não tem).
Mas levantaram-se vozes, de todo o lado, dizendo que ele estava a referir-se a boatos pérfidos, relativos à vida privada de José Sócrates.
José Sócrates veio agora dizer claramente que tudo é mentira (o conteúdo dos boatos e eu acredito nele, quanto a isto, porque não tenho motivos para duvidar) e que tem de o dizer, não para se defender a ele próprio, mas para defender a sua família, os seus filhos, que não quer que paguem por isto.
Estou consigo Sr.Engº José Sócrates. E, como eu não tenho dúvidas acerca de quem lançou o boato e porquê, quais os objectivos, aqui fica, de novo, um artigo que escrevi, há cerca de uma semana, sobre o assunto.
Até porque estas coisas fazem sempre algum efeito: conheço uma pessoa que já tinha decidido votar no PS e já não vai fazê-lo, por causa dos "diz que disse" à volta deste boato.
Só mais uma palavra para dizer que isto revela bem a pérfida hipocrisia de quem molesta assim as famílias alheias e se serve duma falsa aparência de fundamentalismo católico, diz defender os grandes valores da família e da moral, para, afinal cometer todo o tipo de crimes.
Por isso, e para relembrar, aqui fica a reprodução do outro texto, porque nunca é demais denunciar actos tão suezes.
"Ontem (ou não sei já quando) estive aqui “a malhar” no Sócrates; e com razão. Hoje venho aqui, por dever de honorabilidade (minha claro) defender o Sócrates com “unhas e dentes”. É que eu sou assim mesmo: baixezas destas, não!
Num blog que não vou identificar, por motivos óbvios, vi publicado o seguinte pedaço de texto:
““Rico, mora num dos bons edifícios de Lisboa, tem um Mercedes último tipo e mantém um amizade íntima pra lá de estável e coloridíssima com o jovem e belo actor Diogo Infante, um ídolo da TV local." (E esta heim!)”.
Pois este “naco de prosa” refere-se a José Sócrates. Está inserido num texto em que Santana Lopes é caracterizado como mulherengo, boémio… divorciado três vezes.
A prosa terá sido publicada num site brasileiro, referida numa rádio nacional, tarde da noite, apareceu no blog a que me refiro, em comentário (de alguém que não publicou no seu próprio blog) e passou, daí a “post”, no tal blog.
Fui até ao tal site e constatei que publicou, no dia seguinte, uma outra “caixa” em que afirma que não se pretende insinuar o que, claramente se insinua, quase se afirma. Este (falso) desmentido, contudo, não é referido nos locais onde a calúnia, a insinuação insidiosa, foi reproduzida. Mas, não sejamos ingénuos! Isto funciona assim mesmo, é para ser assim e foi para isso que a insinuação foi feita.
Não sei (mas consigo imaginar) o tipo de “informadores” usados como fonte do tal site e também o tipo de site. Por isso quero dizer, aqui, claramente, que, para mim, o pior defeito de Santana Lopes é ser amigo de Paulo Portas; quantas vezes se divorciou, não interessa. O pior defeito de José Sócrates é não ser diferente de Santana Lopes e de Paulo Portas (é ser tão capaz de se coligar com Paulo Portas como Santana Lopes).
Alguém vai ter de informar melhor, o tal site, sobre as figuras “pitorescas” da nossa política. Alguém os devia esclarecer que o facto político mais “curioso” (sic) desta bandalheira de democracia é termos um ministro, presidente dum partido, claramente envolvido em escândalos como os processos Casa Pia e o caso Moderna, que controla as notícias a publicar e que, por isso, não é referido como tal nos “media”. Que é responsável por uma série de disparates absurdos e de nomeações abusivas e injustificadas de “boys/girls” do respectivo partido, para cargos que estes não desempenham com competência.
Mas que, apesar de tudo isto, se mantém na crista duma campanha mentirosa e mistificadora, que pretende fazer passar a ideia de competência, para o respectivo partido, de modo a facilitar a sua manutenção no poder, qualquer que seja o partido mais votado nas eleições.
Pois eu quero afirmar aqui, bem alto, que esta ideia, não apenas é falsa, como faz parte duma campanha NAZI, que nos pretende impor Paulo Portas como imprescindível no poder, para que a cambada de criminosos que o controla possa, mais facilmente, ter acesso ao poder e respectivas decisões, como até agora têm tido.
Para isso, este tipo de calúnias, de insinuações, como esta que aqui refiro, são muito importantes, porque fragilizam os políticos visados, que ficam mais vulneráveis às pressões das máfias, para a inclusão de Paulo Portas no governo.
Isto permite-nos concluir que a notícia é uma insinuação insidiosa e tendenciosa, porque, na nossa política existem coisas bem mais “curiosas” (ou devemos dizer escabrosas?) que não são referidas.
Perante mais esta evidência, somos forçados a concluir que os meandros do Processo Casa Pia, com a mistificação de notícias, a ocultação de notícias, a publicação de notícias falsas e caluniosas, em forma de campanha continuada, que ainda não acabou; com os resultados que se conhecem, foi apenas UM ENSAIO. Um ensaio para “calibrar” este tipo de campanhas NAZIS.
Se tivermos em conta as atitudes de Sócrates, quanto a esta matéria, até apetece dizer: O PS (Sócrates) merece! Nós é que não!Só para perceber até que ponto são corrosivas estas calúnias, quero esclarecer que já tinha ouvido esta insinuação, numa de “diz que disse”, entre cidadãos particulares.
O blog a que me refiro insinua (até no nome) ter conotações com a esquerda. O facto não me espanta, porque até “cheira” “a déjà vu” muitas vezes (vezes demais) nesta democracia da treta, onde as pessoas (sobretudo as ligadas aos partidos) não cultivam, nem conhecem o valor, da honestidade e da dignidade, do respeito pela verdade e pelos outros, fundamentais para que haja democracia. A tal ponto vai a sua “ausência” de cultura de valores (desde que os respectivos partidos não sejam prejudicados, ou possam parecer beneficiar), que até servem de meio de divulgação de coisas destas, servindo os objectivos de gente da pior espécie.
Não se conclua daqui que vou deixar de atacar Sócrates e as suas opções políticas. Mas ninguém me vai ver a colaborar com NAZIS, por isso. Nisto, como em tudo, “o seu a seu dono”!"