2005/03/07

Iraque. Guerra é assim mesmo!

A jornalista italiana Giuliana Sgrena foi raptada, no Iraque. Libertada e a caminho do aeroporto, quase foi assassinada por tropas americanas. Para a proteger um agente secreto italiano, Nicola Calipari, perdeu a vida.
Berlusconi fez o seu papel, pedindo explicações à América, mas os familiares do falecido e o mundo, principalmente os iraquianos, devem pedir explicações a Bush, aos mafiosos que manipulam Bush, e também a Berlusconi, a Blair e aos outros rafeiros, como Durão Barroso, que apoiaram esta guerra infame.
Esta guerra é o pior e o mais infame acto de terrorismo, contra todo um povo, por isso não pode contribuir para eliminar o terrorismo. Todos eles sabiam e sabem disso, como também sabiam que os pretextos (as armas) eram falsos.
Também todos sabem que guerra é mesmo assim, por isso só pode ser cinismo, virem agora exibir consternação e melindre.
Guerra é mesmo assim. A propósito deste incidente, deste crime, John Burns, do NYT, explica que são numerosos os incidentes deste tipo, em que carros com civis, quer iraquianos quer estrangeiros, são baleados por soldados americanos, resultando a morte ou ferimentos nos seus ocupantes. Em todos os casos em que os condutores sobreviveram, estes declararam, espontaneamente que não viram soldados, nem lhes foi feito qualquer sinal, antes de serem baleados. Não foi possível estabelecer qualquer ligação entre os ocupantes destes carros baleados e os insurrectos.
A indignação provocada por estes factos promete fazer destes casos um escândalo semelhante às torturas da prisão de Abu Graib, que, afinal, eram generalizadas.
A guerra é mesmo assim. Basta de hipocrisia. O verdadeiro problema é a própria guerra e a ocupação.
Nota: este texto foi publicado com o nome do P.M. Italiano trocado. Feita a correcção, peço desculpa!