2005/05/13

Não Insultem a nossa Inteligência!

O primeiro-ministro anda por aí, a fazer turismo e a fingir-se preocupado com o problema dos incêndios. Promove, ou promove-se, à custa dumas acções simbólicas, que nada resolvem, mas diz (e finge) que anda muito atarefado a “resolver” este e outros problemas.
Foram entregues equipamentos de comunicação, aos bombeiros, “para melhorar a eficiência".
Diz o primeiro-ministro que estão a ser tomadas todas as medidas… E eu digo, porque é necessário dizê-lo, com todas as letras: É MENTIRA!
Há dias era a exibição de mais uma “estrutura simbólica”: uma brigada de bombeiros sapadores, heli-transportada. Porque é que lhe chamo “estrutura simbólica”? Porque são, ao que pude perceber, menos de 3 dezenas. Está visto que vinte e tal fulanos, em época de incêndios, fazem uma diferença danada, não acham?
Tal como neste caso, também tudo o resto, se resume a “acções simbólicas”; ou seja: “publicidade enganosa”. O que já devia ter sido feito há muito tempo, o que tem de ser feito urgentemente, fica adiado, não se faz, nem se tenciona fazer...
Mas o Primeiro-ministro foi bem claro! Rematou a "acção de propaganda enganosa" dizendo que quer que saibamos que “o governo está a fazer todos os possíveis…”. E acrescentou que, no final do verão, serão feitos novos e mais avultados investimentos neste sector.
Pois… A gente conhece essa conversa, sabemos a sua origem, e também sabemos qual o resultado prático…
Desengane-se, sr. Primeiro-ministro! Não insulte a nossa inteligência! O governo não está a fazer nada do que é essencial para garantir a eficiência no combate aos incêndios (tal como acontece em todos os outros sectores).
Porque este governo, tal como os anteriores, está refém de máfias criminosos apostadas em destruir o país, em fomentar o nosso descalabro político económico e social, para poderem “surgir” (promover alguém) como “salvadores da pátria”.
Noutros países, essas estratégias criminosas são promovidas por máfias de neo-nazis, que se infiltram em todo o tipo de organizações e estruturas, que apoiam todas as “lutas” tentando manipulá-las no pior sentido, de modo a boicotarem tudo e provocarem o máximo de destruição e descontentamento. Nos outros países, essa tarefa é desempenhada por associações criminosas, conspirando na sombra, que são perseguidas pela justiça e pela investigação criminal.
Cá também temos tudo isso, só que infiltrados nas estruturas da justiça e em todos os outros sectores de actividade, em cargos de importância. Para essa gente, nada se pode fazer para resolver os nossos problemas, boicotam tudo, esforçam-se por destruir tudo e têm-no conseguido. Mais! Aparecem em toda a parte, sempre com o mesmo discurso derrotista e sem soluções, ou esperança. Para esta gente, como o país é pobre e não tem recursos financeiros abundantes, a forma mais eficiente de boicotarem e destruírem é dizerem, insistirem e teimarem (imporem) que tudo se resume a mais investimento e mais dinheiro.
Vocês hão-de reparar que, qualquer que seja o tema dos debates televisivos, ou outros, aparece sempre um destes indivíduos a “rematar a conversa” dizendo que não há soluções porque faltam investimentos. Mas mesmo que haja mais investimentos, esses mesmos tratam de os desperdiçar em coisas inúteis e de se apropriarem dele (investimento), deixando tudo na mesma, com os problemas a agravarem-se. Fazem-no premeditadamente, porque faz parte da sua "missão criminosa"!
É o que vai acontecer com os incêndios, porque o governo não faz o que tem de ser feito. Porque o governo recusa-se a mobilizar a população, pela positiva. Continuam a considerar-nos apenas como “coisas”, sem valor, sem vontade, sem capacidade e sem direitos (nem sequer a dizer o que pensamos). Tudo continua a ser “decidido” em gabinetes, na mais pura traficância conspirativa, como convém aos objectivos destas máfias, como tem de ser para que nada resulte, na prática.
Há muita coisa que pode ser feita, que já devia ter sido feita, que urge ser feita e que não custa um cêntimo.
Nada disto se faz porque permanecemos reféns de máfias criminosas da pior espécie. Não há, nem nunca haverá, dinheiro que permita resolver estes problemas, porque eles não são problemas de dinheiro, mas de competência, de eficiência, de responsabilização dos governantes e seus acólitos.
Mas não pudemos contar com este primeiro-ministro nestas questões, porque ele permanece, por opção própria, refém deste tipo de máfias, como o comprova a manutenção do PGR, no cargo.
Por isso, sr. primeiro-ministro, tenha tento na língua e, ao menos, não insulte a nossa inteligência. É que, o senhor pode não saber como se resolvem estes problemas, mas deve cercar-se de gente que saiba. E o carácter dessa gente de que se cerca, você tem obrigação de conhecer, se não por conhecimento anterior, ao menos pelos seus desempenhos, pela sua (ausência de) eficiência. Mas se o senhor nem o PGR demite, apesar do respectivo “desempenho” e da protecção que garante a mafiosos, o que é que acha que esperamos de si?
Você pode não saber como se resolvem estes problemas, mas nós sabemos e também sabemos que não estão a ser resolvidos. Portanto, em relação a estas matérias, ao menos cale-se, não diga asneiras, não repita reaccionarices, não nos insulte, porque não merecemos tanta angústia e sofrimento. É que, se o sr. estiver calado, ainda haverá quem pense que está a tentar fazer alguma coisa. Se diz o que faz e o que tenciona fazer, é óbvio que só está a fazer asneiras, a ajudar a destruir, ainda mais, o país, a aumentar o nosso desespero…