2005/05/30

Terrorismo! Ter a coragem de dizer o óbvio!

Em relação ao Terrorismo há que ter a coragem de concluir o que é lógico e óbvio. Ter a coragem de pensar pela própria cabeça. Ter a coragem de rejeitar a manipulação e o condiocionamento prévio do que pensamos!
No post: “Continua a chacina no Iraque”, o amigo Francis deixou este comentário:
“Não acredito que tenha sido a CIA a levar a cabo os atentados do 11 Setembro. Contudo, os americanos transformaram-se eles próprios na própria imagem do mal. Naquilo que sempre acusaram os outros de ser.A quem levarão, a seguir, a "paz"? Aos Sírios, aos Norte-Coreanos? Aos Russos?”
Desde essa altura que tenho intenção de responder a este comentário, apenas para que se saiba que não faço afirmações que não estejam profundamente alicerçadas em todas as evidências (que eu e a generalidade das pessoas conhecemos). Até porque, por mais vil que seja a política americana para com o resto do mundo, eu nunca lhes assacaria responsabilidades destas, com este grau de perversidade e infâmia, se não tivesse um montão de motivos, de fundamentos, para isso. Eu nunca usaria, para com a América, da mesma perfídia que eles usam para com os outros povos, para “justificar” os seus crimes injustificáveis.
Sei que, neste tipo de coisas, os mesmos factos têm significados diferentes (antagónicos até), interpretações diferentes, conforme quem os interpreta; isto é: conforme a valoração dos dados conhecidos, feita por cada um. Conforme o que cada um considera credível, ou não. O problema é que essa valoração pode resultar de “manipulação refinada”, pode ter sido induzida (não se esqueçam de que: “uma mentira mil vezes repetida transforma-se numa verdade”), como eu penso que são a maioria das “opiniões”, actualmente existentes, sobre este assunto.
Porém, as minhas opiniões também são fundamentadas nos factos conhecidos, embora avaliados de forma diferente (de modo mais rigoroso e objectivo, como é meu timbre – diria eu).
Antes de prosseguir, tenho que vos dizer que tive um chefe que me explorava; que explorava uma certa capacidade inata, quase extra-sensorial, que tenho para detectar incoerências, erros, onde os outros não vêem nada. Ele mesmo dizia que eu conseguia ver, num relance, coisas que os outros não viam, nem após estudo aturado e demorado. Depois era só fundamentar, com as contas, se necessário, a verificação. Por isso me passava para as mãos alguns assuntos importantes, para analisar, antes de ele decidir. Foi assim que aprendi a confiar nesse meu “sexto-sentido”. Contudo abstenho-me, sempre, de fazer afirmações não fundamentadas. Ou seja, observada a incoerência, analiso todos os dados com cuidado, para verificar se “a tese” é sustentável ou não; se os factos (algum facto, qualquer facto) a contradiz.
No caso do terrorismo e da minha convicção de que os principais autores dos atentados terroristas actuais, são provocadores treinados e instruídos pela CIA, aproveitando descontentamento e desespero semeado pelos arbítrios da CIA (ou pelo que quer que seja de organizações americanas, igualmente mafiosas, a mando da administração americana ou de quem a controla); e ainda de que os atentados de 11 de Setembro, às Twin Towers, foram igualmente executados por esta mesma gente, como forma de “justificar” a guerra e a ocupação do Iraque, também tenho procurado, até hoje, algum facto que contradiga a minha convicção, desde a primeira hora.
Digamos que a minha “vantagem” está no facto de não ter acreditado na versão oficial, oficiosa e única permitida e divulgada pelos OCS. Essa vantagem permite-me analisar e valorar, com isenção, todos os dados e a sua consistência (para qualquer das teses) coisa que as pessoas que assumem como verdadeira uma dada versão não conseguem fazer, porque valorizam tudo a partir dessa visão parcial, que lhes foi incutida, de modo a se lhe ajustar às suas convicções.
São, desse conjunto de factos que fundamentam a minha opinião, alguns dos mais relevantes, que pretendo discutir, aqui, hoje.
Vamos então aos factos:
No post intitulado “Atrás da Cortina”, publicado neste blog em 31/12/2004, inseri este excerto, retirado de “surdez do Papel”:
"Um jacto americano registado em nome de uma companhia-fantasma, a Premier Executive Transport Services, está a levar suspeitos de actos terroristas para países que usam práticas de tortura, noticiou «The Washington Post», baseado na sua própria investigação. O aparelho é um turbo-jacto Guslfstream V, que desde 2001 tem sido visto em aeroportos militares do Afeganistão, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbia, Marrocos, Paquistão, Arábia Saudita e Uzbequistão, por vezes com passageiros encapuzados e algemados."
Em “a Grande Fauna” estão dois post (este) relativos a este assunto(e este). A notícia original em que se baseia um deles está linkada em “Operação Rendition”, aí na margem; o outro foi copiado para “Apelo Para a Humanidade”, onde se encontra, igualmente, a tradução, na segunda parte do post. A história é a mesma.
Neste segundo post, acerca duma denúncia do programa “60 minutos”, conta-se uma história dum homem “caçado” na Macedónia, mantido preso sem qualquer acusação ou direitos, durante três semanas, transportado, depois, para o Iraque, onde permaneceu, sob coacção psicológica terrorista, durante mais 5 meses em “solitária”, tendo sido, depois libertado sem qualquer explicação.
Cada um pode acovardar-se (psicologicamente) como quiser, perante estas evidências, mas para mim, que mantive, como relato acima, a liberdade intelectual para analisar, com rigor, o significado de cada facto conhecido (ainda faltam os desconhecidos), é evidente que este facto confirma cabalmente as minhas suspeitas (que tenho desde um primeiro atentado em Carbala, confirmadas pelo atentado que vitimou Sérgio Vieira de Melo e pelo atentado de Madrid) de que a CIA tem um “procedimento” para “fabricar” terroristas.
Imaginem-se a ser tratados assim, desta forma arbitrária, prepotente e indigna, sem qualquer justificação e compreenderão a natureza da revolta que se instala nestas pessoas, em semelhantes circunstâncias. Até porque se pretende, de forma bem clara e evidente, convencer estes sequestrados, estas vítimas, de que não têm quaisquer garantias, de que de nada lhes serve serem pessoas dignas e honestas, de que de nada lhes serve existirem leis ou regras internacionais que os protegem, porque estão à mercê destes facínoras. Isto provoca (ou espera-se que provoque) uma revolta tal que as pessoas passam a estar dispostas a tudo, uma vez que devem perder a confiança na vida e, portanto, o gosto pela vida. Por isso (e para que resulte e produza o efeito premeditado) o indivíduo desta história é libertado sem qualquer explicação, para que se vá lançar nos braços dos terroristas, disposto a tudo para se vingar. Tem sido assim, tratando os Palestinianos de modo semelhante, que o estado de Israel tem forjado os pretextos para chacinar os Palestinianos, como é sua intenção desde a primeira hora.
Portanto, eu até diria que o tal programa “60 minutos”, pretende, com esta abordagem, condicionar as conclusões das pessoas, fornecendo uma desculpa, quase aceitável, para estes abusos, e evitar que cheguem à única conclusão que, de facto, é lógica e coerente, a que aqui se explica. Não tenhamos dúvidas de que, no meio da actual paranóia criada à volta do terrorismo, no meio do medo que tem sido incutido às pessoas, muitas considerarão “aceitável” que se use tortura, ou o que quiserem, para “obter informações”. Mas isso é uma mistificação, óbvia, da realidade; o que se pretende é fabricar terroristas que mantenham a actividade e justifiquem a paranóia e a ocupação do Iraque.
Falta acrescentar os assassinatos, a sangue frio, cometidos no Iraque e no Afeganistão, os abusois nas respectivas prisões; os abusos praticados em Guantanamo, etc., etc., etc.
Muito antes da publicação desta notícia, foi exibido, no Canal 2, um documentário sobre o mesmo tema, onde um ex detido de Guantanamo relatava que o levaram para um país dos Balcãs, propondo-lhe que passasse a "trabalhar" para a CIA, indo para o Iraque "infiltrar-se" entre os terroristas. A "proposta" foi recusada e o indivíduo fugiu para o Canadá, onde tem familiares, quando percebeu que a sua "missão" incluia a participação na execução de atentados.
Ou seja, com tantas evidências, só não vê a verdade quem não quer.
Por amor de Deus, raciocinem com objectividade, releiam o relato que está em "Apelo Para a Humanidade" e digam-me, com honestidade, se a minha “explicação” não é a mais coerente; a única coerente.
Pois é! Agora imaginem que esta “explicação” caía no domínio público? O que é que acham que as pessoas pensariam (incluindo os próprios americanos) do facto de ser a CIA que anda a fabricar os terríveis terroristas com que nos atemoriza a todos?
Sabendo-se os verdadeiros objectivos da “operação rendition” ela deixa de ser aceitável para passar a ser abominável. Os verdadeiros terroristas ficam a descoberto e é o fim da “luta contra o terrorismo” e das justificações forjadas para a ocupação do Iraque. Daí eu concluir que a intenção da “denúncia” foi “proteger” a “operação” e os seus objectivos, antes que se começassem a saber pormenores suficientes para alguém desconfiar e acabar por concluir pelo óbvio. Como em todas as fases desta imensa conspiração a que assistimos, trata-se duma manobra de antecipação para que ninguém ligue ao possa ouvir dizer, porque todos já sabem o que se passa. A melhor maneira de esconder estas coisas é fazê-las às claras, com outra “explicação”.
Mas, dirão vocês, isso é o que se passa agora, não prova que os atentados de 11 de Setembro foram executados pela própria CIA. Aí é que está o engano! Tudo isto prova que os atentados de 11 de Setembro de 2001 foram executados pela CIA, mas há mais, muito mais…
Digamos que toda a actuação dos USA, relativamente ao respeito pela dignidade dos outros povos, fundamenta a minha tese (que não é só minha).
está um documento que faz referência o uma saérie de crimes internacionais cometidos pelos USA, evidenciadores do real carácter das preocupsações americanas.
o resto fica para um próximo artigo.