2005/06/18

Que se passa em Serra d’El Rei, Peniche?

Em meados de Março vi, em comentários, num outro blog, uma história que me pareceu estranha. Não era bem “uma história” era mais uma tentativa de denúncia… Agora, a propósito dum mail que enviei a vários endereços, recebi um pedido de publicação do mesmo problema. Por isso vou tentar fazer o meu melhor, para o apresentar…
O autor da denúncia, Altino Camelo, tem um blog/site, neste endereço: http://pedofilia.zip.net/index.html, foi daí que, por sua sugestão, tentei retirar os elementos para este post.
Como vocês sabem, tenho uma larga experiência (quer directa quer indirecta) de situações escabrosas, onde os agentes da justiça, a todos os níveis, actuam agravando as situações reais, ou sendo protagonistas, eles próprios.
Por isso, devido a essa minha vasta experiência directa e indirecta, esta “história” parece-me plausível. Nem que fosse apenas por isso, por ser plausível, merece destaque. Também como este cidadão, em diversas ocasiões da minha vida, me dirigi, com casos aberrantes, a todas as instituições nacionais e internacionais, que permaneceram apáticas, que é como quem diz: cúmplices. Também o Caso do Dr. L.J.N.S., que aqui contei, foi levado a todas as instâncias nacionais e a várias internacionais, tendo sido “encarado” com igual passividade, que é como quem diz: cumplicidade.
Também por isso e porque me dirigi, inclusive, às instituições europeias, eu acho que a UE não tem utilidade para os cidadãos, porque consente, entre os seus membros, este tipo situações sem nada fazer, continuando a “injectar” dinheiro, para alimentar e fortalecer tanta podridão… Ou será que, nas estruturas da UE, aqueles cretinos “desconhecem” que este tipo de situações destroem um povo e impedem, em absoluto, o progresso e o desenvolvimento económico? Ou será que “comem todos do mesmo tacho”?
Vamos aos factos:
Altino Camelo, cidadão português, natural dos Açores, tem (três?) filhos, dois dos quais são gémeos, sendo o terceiro deficiente (confinado a uma cadeira de rodas). Ao que pude perceber as crianças nasceram no Canadá, mas têm vivido em Serra d’El Rei, Peniche, com a mãe.
A criança deficiente, o mais velho, mais ligada ao pai, pediu-lhe socorro, por ser mal-tratado pela mãe e familiares desta. Contou estas histórias:
“Papá o Avô tirou o cinto e disse, vais apanhar com ele! Papá, eu não fiz mal nenhum! Só se for por eu me rir e ele não querer, mas, mais que isso não sei.
O outro dia, ao entrar no carro do Avó, eu toquei com a perna que não tem acção no carro, ele viu e não gostou. Foi sem querer. Eu não consigo controlar essa perna e pode acontecer tocar no carro; mas se ele me ajudasse isso nunca iria acontecer. Mas ele não se quer incomodar, é só para entrar e sair, não preciso de mais, mas mesmo isso ele não ajuda e depois zanga-se comigo.
Dias atrás, eu estava sentado no sofá e por ter caído uma almofada no chão, ele tirou um sapato e disse que eu ia apanhar porrada, a almofada caíu sem eu poder fazer nada mas ele não entende ou não quer entender”
Ou ainda:
“A mãe, ensinou-o a ver no computador programas de sexo explícido e mais lhe ensinava se ele prometesse não dizer nada a ninguém, o pior foi os irmãos do Bryan também quererem ver, e aí começou uma luta, o Bryan não queria ensinar mas os irmãos (gémeos) não aceitavam ele saber e não dizer como lá entrar.
Possivelmente foi nessa data que começou a demonstração da educação que os (gémeos) estavam a receber da mãe e avós maternos, pois, ameaçaram o irmão Bryan, mais velho, que iam dizer que ele estava a falar das vezes que a mãe fazia sexo com um deles (que tinha treze anos), perante tal ameaça, o Bryan, não teve remédio senão ceder aos pedidos de verem pornografia no computador, assim evitava ser novamente agredido pela mãe.”
Segundo o irmão mais velho, deficiente, os irmãos gémeos embebedam-se e têm uma vida devassa, apesar da tenra idade, com o consentimento da mãe e dos familiares maternos. Segundo este pai, as agressões sofridas pelo filho mais velho, o que é deficiente, foram constatadas na escola 2+3 da Freguesia da Atouguia da Baleia, sem que fossem tomadas providências.
Segundo este pai, ele foi agredido por dois homens a mando do “sogro”, foi ameaçado de morte e, depois de ter contado tudo à GNR e a todas as instâncias judiciais e de ter feito inúmeras e insistentes denúncias, que têm sido ignoradas, a mãe dos filhos respondeu-lhe assim: “EU NAO TENHO MEDO DE TI NEM DO TRIBUNAL DE PENICHE, o Calado Lopes, já disse que este caso ia ficar em nada…”
E diz o visado: “Ora, esse famoso Calado, tão omnisciente em decisões, no Tribunal de Peniche, não é, nem mais nem menos, que o Procurador Adjunto do Ministério Público desse Tribunal.”
Comentando:
O que eu vos pergunto é: acham que isto é possível, na nossa justiça?
Eu respondo: é possível e até é o “mais provável”, em vista da forma desastrosa e absurda como a justiça funciona.
Ou vocês acham que os problemas da pedofilia só começaram a existir agora?
Ou vocês pensam que não existem sempre muitas pessoas que se preocupam e sofrem, ao constatarem estas coisas (como aconteceu, durante décadas, na Casa Pia), que as denunciam? Sempre houve quem denunciasse; o que nunca houve (e parece que continua a não haver) é quem actue em conformidade, quem ponha cobro a isto.
É assim que se “explicam” os casos dramáticos de que todos temos vindo a ter conhecimento, através das mortes de crianças (que já eram maltratadas)…
Este artigo é referenciado no "Muimentiroso", neste post.