2005/10/31

O voto é uma arma! Usemo-la!

Eu não voto em Soares, nem em Cavaco, nem...
Quanto ao Poeta...
Um cargo da envergadura que tem a presidência, num país com os nossos problemas de disfuncionamentos não se pode exercer como se faz poesia. De poesia (da pior que há), em vez de actos eficazes, estamos nós fartos e desgastados.
O poeta perdeu a sua oportunidade, comigo, quando elogiou o desempenho de Sampaio, que eu acho abjecto, nas pequenas e nas grandes coisas. E, desde então até agora, ainda não conseguiu "limpar-se" da borrada, antes pelo contrário: já "meteu a pata na poça" mais algumas vezes… (Como por exemplo em relação ao referendo…).
É certo que também diz umas coisas acertadas… mas isso todos eles dizem… quem os ouve falar não os leva presos. O pior mesmo é fazer… O poeta, a meu ver, “dá umas no cravo e outras na ferradura”.
É para votar? Para escolher a pessoa indicada? O poeta não é essa pessoa e, por isso, não há um único motivo para eu votar nele (ou noutro qualquer).
Fico-me com a maioria: a abstenção.
Um candidato que concorra contra a situação, só pode ter esperanças de vencer se conseguir mobilizar os abstencionistas... Nesse dia, teremos encontrado a pessoa certa para pôr no lugar certo
Também há uma coisa que vos posso garantir: quando eu apoiar um candidato, podem votar nele, à confiança, porque terá todas as condições para "fazer a diferença" como é preciso fazer. Até lá, não contem comigo, porque, para deixar tudo na mesma, fico em casa.
Talvez até nem seja bem por ele, pelo poeta, mas porque fica dependente dos conselhos e pressões e "impedimentos" e desempenhos, à sua volta, sem "argumentos" e "garantias de firmeza", de intransigência, para ultrapassar os bloqueios. Por isso é importante que o Presidente "perceba" de muita coisa; ao menos que saiba distinguir os competentes dos incompetentes, distinguir o certo do errado e ser intransigente quando deve, coisa que não creio que se passe com o poeta, como não se passa com nenhum dos outros, porque todos têm muita experiência política e nenhuma experiência das dificuldades e problemas da vida, de fazerem algo de útil e saberem como se faz e quais as dificuldades e problemas dos cidadãos.
O poeta acha que é capaz de fazer melhor? Também, com a situação que se vive, isso é fácil! Difícil, a meu ver, é fazer pior… Mas fazer melhor não significa, necessariamente, fazer o que tem de ser feito, como tem de ser feito. A fasquia está tão baixa... Acredito que seja uma pessoa cheia de boas intenções, mas isso não chega.
Todos eles "procuram" valorizar a experiência política e o resultado, em matéria de alterações, está à vista. Talvez as coisas mudem quando passar a ser necessário "experiência" de vida e de fazer alguma coisa de útil, com eficiência.
Passem bem e votem em quem quiserem que eu vou me abster, mais uma vez... E todas as vezes que se justificar...