2006/05/05

Facínora Promovido a Nobel da Paz!

Henry Kissinger, um facínora promovido a Nobel da Paz.

É caso para dizer: Prémio Nobel da Paz igual a “licença para matar” sem restrições!

O Monstro que partilhou, com um vietnamita, o prémio Nobel da Paz, em 1973 é descrito, na Wikipédia, como estando implicado nos piores e mais mortíferos golpes conspirativos do século passado… e não só!

Há também frases como esta: “journalist Christopher Hitchens wrote The Trial of Henry Kissinger, a scathing critique of Kissinger's policy that accused him of war crimes.”
Consultem a página e verifiquem a infindável lista de crimes em que está implicado, como por exemplo:
- Operação Condor
- Invasão de Timor Leste
- October Surprise (Kissinger conseguiu a colaboração de “terroristas” iranianos para favorecer a eleição Ronald Reagan)
- E escolham à vossa vontade

Nós, aqui em Portugal, também temos o nosso quinhão:

… “dias depois da eleição de Ronald Reagan, viera a Portugal (…) a sempre polémica figura de Kissinger. Isso representaria a importância de Portugal para a nova administração dos US?
Para Le Winter o significado era outro: “Foi Kissinger quem deu a autorização para matar Sá Carneiro. Alguém foi ter com ele, a Paris, e disse-lhe que havia um “problema” com o Primeiro Ministro português. Kissinger respondeu que, se havia um problema, era preciso "resolvê-lo"…”

Le Winter tinha uma espécie de “ódio de estimação” por Kissinger. Anteriormente já o tinha responsabilizado, também, pela morte do primeiro ministro italiano: Aldo Moro… assim como (…) pelo assassinato do Primeiro Ministro Sueco: Olof Palme

In: “Eu Sei Que Você Sabe”, pág. 99/100


Mas isto é no século passado… Agora, na sequência do 11 de Setembro de 2001

Em 15 de Setembro de 2001:

“George Tenet, director da CIA (…) Descrevia operações militares em 80 estados diferentes, que se encontravam já em curso, ou que ele recomendava serem lançadas. As acções iam da “propaganda de rotina” aos assassinatos, como preparação para acções militares (…)

O Jornalista Wayne Madsen identificou quatro vítimas, de destaque:

- A 11 de Novembro de 2001, o líder da Papuásia Ocidental, Theys Eluay, foi raptado por uma unidade especial do exército indonésio, o Kopassus, implicada nos massacres de Timor-Leste, formada e enquadrada pela CIA. Theys Eluay opunha-se à pilhagem dos recursos mineiros por parte da Freeport McMoran, empresa da qual Kissinger é emérito director.

- A 23 de Dezembro de 2001, Bola Ige, ministro da Justiça da Nigéria, foi assassinado, no seu quarto, por um “comando” não identificado. Ige contestava os privilégios da Chevron, de cuja Condoleezza Rice foi directora, e da Exxon Móbil.

- Em Janeiro de 2002, O governador de Aceh endereçou uma carta a Abdullah Syaffi, propondo-lhe participar em negociações de paz. Syaffi opõe-se às devastações da Exxon Móbil. A carta continha uma pulga electrónica que permitiu aos satélites da NSA localizá-lo. Foi assassinado a 22 de Janeiro pelo Kompassus.

- O líder de extrema direita Elie Hobeika, chefe das milícias cristãs libanesas, e os seus guarda-costas, morreram a 24 de Janeiro de 2002, vítimas dum atentado com um carro armadilhado. Hobeika foi responsável pelos massacres de Sabra e Chatila em 1982, mas voltou-se contra Israel. O atentado que o vitimou acontece precisamente quando ele se dispunha a testemunhar contra Ariel Sharon, no processo que lhe foi movida na Bélgica, por crimes contra a humanidade. O assassinato terá sido uma “operação” conjunta da CIA e da Mossad.

A 13 de Fevereiro, o Washington Post publicou uma longa coluna de opinião (…) onde Henry Kissinger defende “Um ataque decisivo contra o Iraque”.

In “A Terrível Impostura”, pág. 134 e seguintes

Henry Kissinger defendeu “Um ataque decisivo contra o Iraque”, baseado nas mentiras que, agora, todos conhecemos, uma guerra que vitimou milhares de civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, servindo de palco a todo o tipo de crimes, conspirações, ataques terroristas, massacres e torturas…
Tudo à margem da lei e do direito internacional... como convém a um laureado com o Prémio Nobel da Paz