2009/11/20

POVO(???) Acrítico, Burro e Embrutecido???.

Pelos motivos que todos os que me lêem conhecem (que já referi algumas vezes); ou seja: de propósito; e também por falta de disponibilidade, eu não leio jornais nem vejo televisão, via de regra. Às vezes leio jornais e até vejo (muito pouca) televisão... mas desisto logo.

Há um motivo para esta minha atitude que não recordo se já explicitei ou não: Sou muito mais feliz assim!
Os conteúdos, quer da televisão quer dos jornais, provocam-me náuseas e muita indignação que não quero nem devo "engolir". Vai daí comento dizendo o que penso... e isso tem-me valido uma feroz perseguição das instâncias judiciais e do poder. Como sabem, até agredida já fui, para além de ter sido presa 2ª vez, num acto de puro terrorismo, tendo sido violados, novamente, os meus direitos fundamentais, CONSTANTES DA CARTA DOS DIREITOS HUMANOS QUE PORTUGAL subscreveu...

Isto para explicar que o texto reproduzido abaixo, com o título: "POVO Acrítico, Burro e Embrutecido", me foi enviado por email.

Ele, o texto, inspira-me uma série de comentários de cujos talvez nem a autora (Clara Ferreira Alves) vai gostar... Mas também por isso eu é que fui agredida e não ela... é tudo uma questão de "pontaria"... ou talvez não?!
Mas também é por isso que eu sou boicotada em toda a parte e ela continua a fazer as suas crónicas (vesgas como este texto) todas as semanas em, pelo menos, um jornal...

Enfim! Passemos ao que importa.
No texto fui colocando algumas notas assinaladas com números entre parêntesis: (0), que passo a especificar:

(1) Aprás-me saber que eu, tal como a própria Clara Ferreira Alves, certamente, e MUUUUITOS outros, pelo menos dos que por aqui andam, não somos "POVO", nem "público"... então seremos o quê? (detesto estas reaccionarices disfarçadas de crítica que, por isso mesmo, é inócua... como convém aos "criticados").
(2) "Acrítica, burra e embrutecida" eu não sou, com certeza; até porque ninguém se dá ao trabalho de perseguir (e até espancar) gente "acrítica, burra e embrutecida".... e vocês?
Por favor assumam-se porque, se não, teremos de devolver os epítetos à própria autora por não ser possível lhes identificar outros detinatários.
Mas, afinal, a Maitê Proença tem razão, ou "isto" (de chamar burros e embrutecidos aos portugueses) só é permitido cá, entre nós, mesmo assinado por gente que tem obrigação de ter mais respeito por quem os "alimenta" e de distinguir bem as coisas porque as contacta, as conhece desde dentro? Ou será que nenhum dos "lixados" (perde tempo) escreve a Clara Ferreira Alves? Seria um fenómeno "estranho" se tal acontecesse...
(3) Boa! Essa eu não sabia! Estamos sempre a aprender... coisas que preferíamos não saber mesmo...
(4) Ah bom! Já estava a ficar preocupada. Afinal além de mim e da "própria" e de muitos outros... também ainda há, pelo menos entre os carenciados, "gente mais honesta do que os desonestos, os vendidos..."
(5) Esqueceu-se, a autora, de referir que, onde a ignorância e o analfabetismo promovidos e garantidos pelo sistema de ensino E NÃO SÓ, não faz efeito (como no meu caso e no de muitos outros que me lêem, certamente) usa-se a repressão pidesca e nazi, ATRAVÉS DA JUSTIÇA e não só, e usa-se também a chantagem, a usura e a retaliação, de tal modo que, quem tenha algo de seu (que possa ser apropriado pelos Tribunais), quem tenha um emprego ou qualquer outro tipo de dependência económica do estado, ou de qualquer outra estrutura dominada pelas máfias, nomeadamente partidárias, como estão TODAS as estruturas, NÃO TEM OUTRO REMÉDIO SENÃO "comer e calar" a sua indignação porque a perseguição, a retaliação e a usura são garantidas para os que dizem o que pensam e sentem... Mas isso a autora não pode ver, porque não é esse o seu papel neste "drama"... Afinal, fala dos outros mas...
(6) Será?! Mas já é, há tanto tempo! É caso para perguntar: Quem nasceu primeiro? A galinha ou o ovo?
(7) E CRIMINOSA.
(8) Fico a saber que também não faço parte de "os portugueses"; e vocês? MAS ENTÃO SEREMOS O QUÊ?
Já estou a ficar "angustiada"; ou seja: desordem existencial não, mas "angústia" sim... que treta de crónica... e que tremenda desordem que vai naquela cabeça...

(9) Engraçado que uma pessoa com tanta "instrução" e tão esclarecida não saiba que isso tudo significa apenas uma coisa: conspiração, conspiração, conspiração... (desculpem se falta alguma, mas é que eu não contei os casos referidos)


(10) Oh, oh, oh! Fale por si. Eu posso nunca conseguir chegar a TODA a verdade, mas já sei, já me confirmaram, que ando muito perto... Portanto, tenho "certificado".
Posso nunca saber TODA  a verdade... porque não tenho ajuda de nenhuma "Clara Ferreira Alves". Mas este tipo de verborreia é para ser mesmo assim: queixamo-nos uns dos outros, os "culpados" e os seus acólitos até fazem coro com esta conversa: soa-lhes bem, para que fique tudo na mesma (na mesma não! a piorar todos os dias) para que Portugal possa continuar a ser, tranquilamente: "o pátio de recreio dos mafiosos"... que também fazem coro com estas "críticas".
(11) Ah! Não vivemos em ditadura?! Ainda bem que avisa porque, por aqui, não se tinha dado por nada... Então "isto" tudo que retrata é o quê? Uma "linda e bela Democracia"? Vá-se curar!
Pois... realmente não vivemos em ditadura. As ditaduras têm princípios, ideologia; "isto" é bandalheira pura, é o "salve-se quem puder" e quem "pode" são os bandidos sem escrúpulos. Não vivemos em ditadura, vivemos sequestrados por mafiosos e bandidos da pior espécie, que é bem pior do que ditadura...
(12) Oh criatura! As campanhas de "show off", as notícias bombásticas, esses casos todos e os "casos" atrás de casos que fazem as manchetes dos jornais, não se destinam a "fazer justiça", nem a apurar, julgar e punir o que quer que seja ou quem quer que seja; destinam-se a fazer manchetes pela manchete, a alimentar o "voyerismo", para nos habituarmos à ideia (e à situação) que tanto critica... em suma: trata-se de PROPAGANDA NAZI...
E que culpa tenho eu, ou os outros portugueses, este POVO (muitos dos quais pouco letrados e menos esclarecidos e muitos outros "amordaçados" pelas dependências, pelas conveniências e ameaças de retaliação) disso? Acaso alguém quer saber da minha opinião ou da dos outros portugueses?
(13) Pois fique sabendo que EU lembro-me disso tudo E DE VÁRIOS OUTROS CASOS, muitos, que você não referiu. E não referiu porquê sua....? (olhe, escolha entre os seus próprios epíteros) Uns são mais iguais que outros? Ou os outros casos, tão ou mais escabrosos, são "normais", para si?
(14) E quem foi que lhe disse que a criança foi morta? Lembra-se do caso das "cassetes" do processo Casa Pia? O conteúdo das cassetes ilustrava bem como se "fabricam" essas notícias (conspirações), a sua verosimelhança e o que têm de verdade, que é NADA.
(15) E o facto de estarem 2 INOCENTES na cadeia, condenados a pesadas penas de prisão, não tem importância? Ou será que você, TÃO ESCLARECIDA, não conseguiu perceber que aqueles 2 desgraçados estão inocentes, que se provou a sua inocência, EM TRIBUNAL, sem qualquer margem para dúvidas? Pois é! Quem tem telhados de vidro...
(16) Nas gavetas das "nossas" consciências... só se for da sua, porque a minha gaveta não admite este tipo de coisas; e até estou de consciência bem tranquila.
(17) Não sabe quem não QUISER saber. Esse é o problema destes casos muito badalados: não é possível esconder a verdade, a não ser dos muuuito distraídos.
(18) A verdade não tem de ser "escavada"; é como o azeite: vem sempre ao cimo da água... E até dificilmente é ocultada...
A "camada" não tem nada de "subterrânea"; exibe-se, aparece em toda a parte, manda em nós, actua às claras (porque nem tem motivos para se esconder)... e os seus actos são denunciados, PERMANENTEMENTE, pelos cidadãos... em denúncias IGNORADAS por QUEM DE DIREITO... e ignoradas também, de forma vil, pelos "nossos" representantes: os deputados E OS OUTROS eleitos...

Em conclusão: não é ao cidadão que compete TRATAR destes assuntos, até porque não tem meios para tal e é por isso e para isso que existe (devia existir) a DEMOCRACIA representativa. O problema é que "eles" não representam nada nem ninguém.
Ponhamos as coisas no seu lugar porque isso faz parte da honestidade intelectual e é BOM para a solução dos problemas.
É por causa disso tudo que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO; para "meter na ordem" essa gente que ocupa os altos cargos e se OMITE, lançando as culpas para TODOS nós, que temos as costas largas e porque, assim, nada mudará NUNCA, simplesmente porque não pode mudar: quem pode fazer alguma coisa não faz, omite-se; e quem quer fazer não pode, não tem meios.

Além do mais, ficamos à espera de que este texto "produza os devidos efeitos" na correcção e resolução DIGNA das questõe levantadas. É que eu também me farto de criticar (vociferar contra) tanta patifaria e bandalheira, e conheço MUUITAS outras pessoas que criticam e estão contra. Portanto, no limite, já somos duas...
Ou será que não? Que esta conversa toda é, ela também, "faz de conta", criticar para que outros, mais contundentes, clarividentes e "eficientes", não ternham espaço para o fazer?
Em qualquer caso, essa inversão das responsabilidades que aqui são assacadas a TODOS nós (que não temos culpa nenhuma) ilibando os verdadeiros culpados, que até são identificáveis, já me causa legítimas desconfiança acerca das verdadeiras intenções da prosa. Se ela não surtir o efeito devido... confirmam-se as minhas suspeitas: não se chamam os bois pelos nomes, finge-se criticar, mas faz-se-o de forma inócua, para que fique tudo na mesma...


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E, finalmente, eis o texto que recebi por email (Fwd), proveniente de Álvaro José Ferreira:
.../...
POVO(1) Acrítico, Burro e Embrutecido(2).



Não admira que num país assim emirjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, mas que nunca a adquiriram, que usam dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público(1) acrítico, burro e embrutecido(2).

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas(3); em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos(4).

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido(2). Para garantir que vai continuar burro(5) o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos(6).

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca (7).

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses(8), na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que, em Portugal, alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia: foi crime, não foi crime; ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos, de antemão, que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve (9).

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade(10) porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura(11).



E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso, em tempo real, ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade(9).



Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos? (12)

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida? (13)

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático? (13)

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico? (13)

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana? (13)

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal? (13)

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? (14)

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecidas antes delas, quem as procurou? (15)

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega; é também surda, muda, coxa e marreca. (7)

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento (16).

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra. (17)

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade. (18)

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa. (Sem comentários)

Clara Ferreira Alves

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